quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Uma boa noticia, no meio do imenso nevoeiro de ideias...



As metas traçadas para o alargamento da Rede de Cuidados Continuados Integrados vão ser cumpridas, avança a Rádio Renascença, que garante que, até ao final do ano, haverá perto de oito mil lugares na rede. Depois do primeiro-ministro ter traçado, no início do ano, o objectivo de criar oito mil camas até ao fim de 2009 (o que, de início, foi entendido como lugares na rede), o número de camas é, assim, hoje, cerca de metade. Embora o número total de lugares na rede deva ficar muito próximo dos oito mil, refere a responsável pela Unidade de Missão dos Cuidados Continuados, Inês Guerreiro. Outro objectivo fixado pela ministra da Saúde era cada agrupamento de centros de saúde ter, até ao fim do ano, pelo menos, uma equipa a prestar cuidados continuados no domicílio, algo que, recoenhece Inês Guerreiro, ainda não existe em alguns agrupamentos. No entanto, em outros, há mais do que uma, pelo que a coordenadora acredita que também esta meta pode ser alcançada. A RR acrescenta que os novos objectivos traçados pela ministra Ana Jorge apontam para equipas domiciliárias em todos os centros de saúde até 2013 e mais dez mil camas, a somar às quase quatro mil que estão disponíveis neste final de ano.
A Rede de Cuidados Continuados comemora hoje o seu terceiro aniversário, com uma conferência em Lisboa.




"Mesmo assim, ainda há muito a fazer quando falamos no tipo de cuidados discutidos, ainda existe como é obvio, uma grande margem de manobra, há ainda muitas limitações, a todos os níveis. O número para o ano seguinte não pode apenas duplicar, terá que triplicar, mas ainda mais importante do que isso será a qualidade, a qualidade dos cuidados terá de ser previamente assegurada, não podemos sequer pensar na ausencia desta."

Revista Sábado

Sempre fui grande admirador desta revista semanal, aliás, eram raras as vezes que me babava olhando para elas nos quiosques e com uma vontade extrema de as ler. Após ter lido um artigo onde ocorre "uma certa subalternização da classe dos enfermeiros" fiquei bastante desiludido, não pelo artigo, mas pelo facto de esta não ser a primeira vez que os jornalistas da revista actuam desta forma. Sou obrigado a revoltar-me contra o sistema, obrigado a concordar com opiniões variadas, aqui fica uma correcta e lógica - "Como queremos demonstrar que a Saúde é um trabalho de equipa, se a equipa trabalha de uma forma unidireccional (o conceito de equipa multidisciplinar é muitas vezes entendido como " todos ajudam o médico a exercer o seu trabalho" pois Saúde, infelizmente, ainda é sinónimo de Medicina)"...

A revista continua a fazer um grande trabalho de reportagem, mas fiquei como é obvio desiludido..

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Violação no Parque de Estacionamento!!! Como é possível??

Hospital Amadora-Sintra: Estava ao telemóvel com a mãe na altura em que foi atacada
Enfermeira violada à saída do HospitalA mãe de ‘Sofia’ recorda um grito da filha ao telemóvel e a chamada caiu de repente. Aos 25 anos, a jovem enfermeira acabava de ser sequestrada ao entrar para o carro, dentro do parque dos funcionários do Hospital Amadora-Sintra. Não teve tempo para pedir socorro, às 22h30 de anteontem, e o pressentimento da mãe, que correu a telefonar para a polícia, não evitou as três horas de pesadelo que se seguiram. Foi agredida, roubada e violada numa mata.



Fique a saber todos os pormenores na edição de quinta-feira do jornal 'Correio da Manhã'.


Cobardes, parasitas da sociedade, desavergonhados e filhos da p...


Deixa-me assustado e receoso esta notícia.

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

"Os truques dos Espertalhões" by Tânia Pereirinha, in Sábado


Excelente reportagem e uma boa síntese descritiva. Deleitei-me ao ler estes excrimínios de que os Portugueses são capazes. Trata-se do povo Português, um povo que se diz "civilizado" e "amado" por todos. É dificil nao gostar dos Portugueses, eu sei, mas muitos deles são espertalhões e cavalos de corrida. Achei ilustrativo e bastante real, espectacular o modo como as pessoas fazem esses desvios do normal funcionamento da vida.


APRENDI que a educação tem aqui um papel crucial, senão único. No Japão "são ensinados para serem bons cidadãos, jogarem em equipa e obedecerem a regras", enquanto que nos países industrializados a coisa cheira de maneira diferente.


Coisas horríveis e que se verificam. Adoro visualizar estas cenas e saber que as pessoas que o fazem sabem que estão a ser vistas, adoro o à vontade delas e o descaramento. Capacidade intrigante e por vezes vantajosa. Aqui ficam coisas que me deixaram de boca aberta, com o riso a querer surgir, quase cómico.


Lixo alimentar nas ruas e transportes públicos; ("oh, é publico mas eu para a próxima penso que já estará limpo")


Filas de espera, sim, filas de espera, onde os portugueses sao bastante respeitadores e glamorosos;


Respeito pelos lugares destinados a deficientes. Eu sei que pode soar um pouco a brutalidade, mas esses "deficientes" falsos deviam ter mesmo um lugar só para eles: o reservatório das sanitas públicas de Lisboa, para não referir outra cidade...


Condução em Português: "oh filho da p...; oh cabrão tu não vês; oh sua p... de merda, vê por onde andas; oh burra do c......, sai da frente". Adoro este Português, transcede-me e deixa-me com aquele sentimento de nostalgia, quando voltamos a casa depois de uns bons tempos fora dela.


A indiferença do gesto "oh deita para o chão, uma coisa tão pequena, que mal tem, não vamos agora andar à procura de lixo so para deitares isso fora! Tenho pressa!"

Cadeia ou um Hospital??

"Os hospitais ingleses são um lugar perigoso. Sobretudo para quem precisa de comer"
Estudo realizado por Investigadores da Universidade Bournemouth. Vi este artigo na "boa" revista Sábado, achei piada e ao mesmo tempo, irrisório e estupido.
Os doentes ingleses passam mais fome que os prisioneiros, os mal feitores e parasitas da sociedade, isto é inadmissivel e incoerente. Qual a justificação? Os doentes, coitados, não têm nem recebem qualquer assistência para se alimentarem. E na prisão a nutrição está regida e administrada segundo a opinião dos dietistas. Enfim, eu quero ir para a ilha! Ou para a prisão! Ou então receber o subsídio de desemprego já não fosse mau de todo.

domingo, 13 de setembro de 2009

Só?



"Apesar de terem aumentado para 153, o número de camas para cuidados paliativos existentes na rede pública de saúde, em Portugal, continua a ser insuficiente para superar as listas de espera. Segundo avança o Jornal de Notícias, o problema vai estar, hoje, em debate, em Lisboa, numa altura em que, segundo afirmou a coordenadora da Unidade de Missão para os Cuidados Intensivos Integrados (UMCCI), existem mais 82 camas desde o ano passado. O que, ainda assim, não impede que o número total continue aquém dos objectivos de extensão da rede a todo o país e Longe do objectivo de dotar os centros de saúde de equipas domiciliárias. Entretanto, especialistas na área reúnem-se hoje no Hospital da Luz, em Lisboa, para debater o estado do sector e reflectir sobre os aspectos éticos ligados ao acompanhamento do doente em final de vida, nomeadamente, sobre a eutanásia, a sedação paliativa e a chamada futilidade terapêutica. O JN refere ainda que, só no sistema público, estão actualmente em funcionamento 13 equipas intra-hospitalares de suporte em cuidados paliativos e 12 equipas de cuidados continuados integrados (com competência em paliativos) espalhadas pelo país, sendo as regiões do Alentejo, Lisboa e Porto aquelas com maior cobertura."


Como é possivel isto acontecer num país que se diz actualizado e europeu. Estamos na cauda da Europa em relação a este tipo de cuidados. Apesar de o nosso sistema de saúde ser um dos mais bem posicionados, ainda existem aspectos em que não se podem falhar, nem facilitar deste modo. Apenas um aumento de 82 camas num período de 1 ano. INSIGNIFICANTE NÚMERO.

A população está à espera de mais, as listas de espera não diminuem, pelo contrário, aumentam a cada ano que passa e todos querem uma solução, a curto/médio prazo, tem de haver condições para receberem a grande quantidade de doentes que aguardam ansiosamente a resolução dos seus problemas. Trata-se de um ciclo, isto é, não é só o doente que é afectado e prejudicado, aliás, todos os acompanhantes do doente são afectados, pois a interligação entre eles é inevitável. Um ciclo social, uma família em desespero, várias vidas alteradas e acima de tudo o DOENTE, que merece melhores cuidados.

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Boas capacidades de resposta.


Tudo tem servido para criticar as estratégias definidas pelo Ministério da Saúde, tudo tem apontado o dedo de forma incriminatória a este conjunto de pessoas que tudo estão a fazer para que a "pandemia" a que estamos a assistir nao se abata escuramente em Portugal. Aliás, acho incrivel a contestação visto que para já as acções têm sido de uma eficácia implacável. 2000 casos ou já superior a isso, nao interessa contar os casos por dia, interessa sim, agora, estabelecer estratégias, já estabelecidas, o tratamento e a profilaxia.
Tratamento é muito complexo, porque as pessoas estão assustadas, amedrontadas com o facto de poderem morrer ou serem afectadas pelo vírus da gripe. A profilaxia írá chegar, a seu tempo.


Então o que falta?

Conhecimento acima de tudo. O desconhecimento da população é inaceitável, existe de facto uma inércia de ambas as partes. Tanto da população, que não quer saber como das instituições de saúde que não explicam. Mas o cliente/utente tem de ser responsável pela sua saúde.


Grande simplicidade e encontra-se muito esclarecedor o site da Gripe na Direcção Geral da Saúde. O microsite da Gripe, leiam e tentem aprender algo. Todas as técnicas de profilaxia, de prevenção do alastramento do vírus.



Continuando a falar de gripe...

Finalmente! Quer dizer, até tive bastante sorte! Sorte em arranjar um emprego com remuneração até bastante motivadora assim tão rápido. A grande Lisboa está agora pronta para receber mais uns quantos Enfermeiros. A primeira semana foi um "correrio" autêntico, não parei. Mas agora com casa já pronta a aturar as minhas "não arrumações" tudo fica mais fácil. Linha de Cuidados de Saúde - Saúde 24.



YEESSSS

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

É gripe! Mais nada...

Quanto à gripe já revelei a minha opinião, mas fica aqui um exemplo engraçado de descontracção, de um método bastante raro e estranho. Lembro no entanto que esta gripe nao tem em nada a ver com a gripe A actual, embora as pessoas continuem a achar que esta gripe é mortifera, é implacável. É gripe caramba! Mais nada...
Quando a gripe pneumónica atingiu a região do Douro, há um séculos atrás, os bombeiros da Régua recorreram a um "saboroso" desinfectante: o vinho do Porto, e o método parece ter resultado porque nenhum deles foi contagiado com aquela doença. Quando a gripe pneumónica atingiu a região do Douro, há um séculos atrás, os bombeiros da Régua recorreram a um "saboroso" desinfectante: o vinho do Porto, e o método parece ter resultado porque nenhum deles foi contagiado com aquela doença.
A história foi contada por um antigo bombeiro da Régua, António Guedes, que na década de sessenta publicou no jornal "Arrais" as suas recordações, e relembrada hoje à Agência Lusa pelo presidente da Federação Distrital dos Bombeiros de Vila Real, Alfredo Almeida. António Guedes tinha 24 anos quando a pandemia da gripe espanhola atingiu o Douro, na Primavera de 1918. Na altura, segundo Alfredo Almeida, os bombeiros da Régua desempenharam um papel "importante no apoio sanitário aos infectados e viveram, sem alarmismos, os momentos mais críticos deste nefasto acontecimento".
Através daquele jornal, António Guedes contou que a sua corporação montou "um improvisado hospital na casa onde hoje está o Asilo Vasques Osório, o qual ficou sob a direcção do médico da nossa corporação, o senhor doutor Luís António de Sousa".
"Ainda não existiam ambulâncias na corporação, e éramos nós bombeiros, que com macas portáteis, íamos buscar os doentes a suas casas e os transportávamos para o hospital, sublinhou. No seu relato, Guedes frisa o facto de nenhum dos bombeiros se ter contagiado com aquela terrível doença, certamente devido à desinfecção a que eram sujeitos sempre que chegam com qualquer doente. "E recordo-me muito bem que, dessa desinfecção, constava um 'medicamento', um 'antibiótico' muito agradável, que era o vinho do Porto. O primeiro gole seria para bochechar e deitar fora e o restante conteúdo do cálice (bem grande, por sinal) era para ingerir", salientou.
Alfredo Almeida disse desconhecer quantas pessoas a pneumónica vitimou no concelho do Peso da Régua, mas, referiu que de Norte a Sul do país, "terá implicado perto de 150 mil casos mortais"."A ser verdade, e não temos razões para duvidar, os efeitos do vinho do Porto, como poderoso desinfectante, talvez pelo seu teor alcoólico, terá resultado em 1918 como uma boa medida de prevenção ao vírus da gripe", sublinhou.
O padre Artur Gomes tinha apenas dois anos quando a sua aldeia, Vale Salgueiro (Mirandela), foi atingida pela gripe pneumónica e na sua memória guarda as histórias de "pavor" contadas pelas pessoas mais antigas."A minha mãe falava muitas vezes dos muitos familiares que morreram por causa daquela gripe. Os meus pais sobreviveram, mas os seus pais morreram", salientou.
Artur Gomes lembrou que a sua aldeia não tinha médicos ou bombeiros, por isso mesmo diz que as pessoas recorriam aos remédios caseiros, como o chá da flor do sabugueiro.Alfredo Almeida referiu que, há um século atrás, "se viveram tempos de alguma improvisação".Hoje os bombeiros da Régua já têm um plano de contingência mas, segundo o responsável, continuam a ter uma garrafeira onde existem, claro está, muitas garrafas de vinho do Porto."Não há razões para haver pânico.
Estamos preparados com máscaras ou desinfectantes, com os meios necessários para e se a crise sanitária nos atingir", sublinhou.
Fonte: expresso.pt

quarta-feira, 29 de julho de 2009

O poder de ter o poder. Indústria farmacêutica.

"A GlaxoSmithKline (GSK) pode ganhar 1.170 milhões de euros com a vacina que está a produzir contra a Gripe A, segundo noticia o «Cinco Días».A maior farmacêutica britânica tem já garantido vendas no valor de 500 milhões de libras (580 milhões de euros) até Janeiro, mas pode aumentar os ganhos, visto que mais de 50 governos e outras entidades já pediram 195 milhões de doses, sendo que cada uma será vendida a um preço máximo de 6 libras (7 euros). Só o governo britânico encomendou 132 milhões de doses tanto à Glaxo, como à Baxtyer.A farmacêutica investiu 2.312 milhões de euros em investigação e desenvolvimento e na triplicação da produção do antiviral «Relenza» até aos 190 milhões de doses até ao fim do ano.Este vírus tornou-se uma fonte de lucros para a Glaxo, afirmou o CEO do grupo, Andrew Witty: «A gripe A vai ser positiva para os resultados da nossa empresa, mas apenas graças aos esforços que temos realizado. Temos assumido riscos muito importantes durante muito tempo e temos dedicado uma enorme quantidade de recursos a investigações que outros não têm feito».Das vacinas que a GlaxoSmithKline produziu, 50 milhões de doses vão ser doadas à Organização Mundial da Saúde para serem distribuídas nos países pobres."












  • Em relação a este assunto sou bastante pragmático, acho impressionante a forma de ganhar dinheiro actualmente. Impressionante é também a grande especulação criada à volta destes valores astronómicos que esta empresa vai gerar. Dá asas para pensarmos em mais alguma coisa, coisas como uma possivel conspiração contra a humanidade de modo a lucrarem milhões inatingivéis por governos fortes. Na minha sincera opinião, penso que este vírus se tornará sazonal, todas ou quase todas as pessoas ganharão imunidade e não vão ser necessários os "preocupantes" internamentos compulsivos, no entanto, não quero com isto descridibilizar ninguém ou desvalorizar a gripe. Lembro, que a gripe sazonal mata mais gente que a nova gripe.




  • A humanidade vive no medo, vive no desespero. Quando o surto se deu milhares compraram vacinas (não legais) no mercado enorme da internet, por valores igualmente ilegais, e assim contribuem imensamente para o crescimento da corrupção e falsificações. O desespero é assim.



Trata-se de um jogo, a humanidade é a peça fundamental, o ponta de lança que pode ser influenciado, a trocar de clube ou a renovar contrato.

terça-feira, 28 de julho de 2009

Erro graves vs Erros comuns

"Um bebé prematuro, filho de uma jovem marroquina que foi a primeira vítima mortal da gripe A (H1N1) em Espanha, morreu hoje num hospital de Madrid devido a um "terrível erro profissional", informam fontes sanitárias. O pessoal de enfermagem "confundiu a via de administração de um leite específico para bebés prematuros e introduziram-no na veia, quando devia ser por via nasogástrica", explica António Barba Ruiz de Gauna, director do Hospital Gregório Maranon. A sonda nasogástrica é um tubo de material plástico, mais ou menos flexível, que normalmente se coloca por via nasal. O bebé, que nasceu por cesariana às 28 semanas de gestação, não ficou infectado com a gripe A (H1N1) que matou a mãe. A jovem de 20 anos morrera há menos de uma semana, 30 de Junho. "É uma negligência gravíssima que não tem desculpa", acusa o director do hospital, adiantando que foi aberta uma investigação interna à pessoa que cometeu o erro. O bebé "estava a evoluir bem", quando domingo à noite lhe foi administrado o leite pela via errada. Embora o erro tenha sido detectado pouco depois e os médicos tenham "tentado limpar-lhe o sangue", o bebé morreu hoje. Em relação à possibilidade da família do bebé processar o hospital por negligência, o director adianta que o estabelecimento de saúde assume "todas as responsabilidades humanas". A família da jovem anunciou poucos dias após a sua morte que iria iniciar um processo judicial pelo facto. Após a morte do bebé, os profissionais de enfermagem foram afastados do serviço no Hospital Gregório Maranon. O caso está também a ser investigado pela tutela."
  • É um acidente sem dúvida fatal, sem dúvida que a pessoa em questão não mereçe qualquer desculpa, mas é só para imaginarem sequer, ou tentarem perceber a responsabilidade que nos são transferidas aquando de um doente. É impressionante. Gostava de ver, o primeiro, a afirmar que não tem qualquer medo ou qualquer dúvida no seu local de trabalho. Todos erramos, uns mais do que outros e uns mais graves do que outros, mas erramos. Sem excepção.

  • Foi um erro incrivel e imperdoável, nem estou a defender a profissional, mas apenas estou a alertar para os outros tipos de erros que acontecem todos os dias nas enfermarias. Que deviam ser "não compreendidos", mas de uma forma simpática abordados.

segunda-feira, 27 de julho de 2009

Qual Ordem?

A Ordem dos Enfermeiros concorda com a aprovação do diploma que prevê que os jovens licenciados passem a cumprir um tempo de internato para se adaptarem à profissão. Maria Augusta Sousa diz que se trata de um mecanismo de segurança.
O sindicato e a Ordem dos Enfermeiros consideram positivo que os jovens licenciados passem a cumprir um tempo de internato. Esta quinta-feira, na última sessão desta legislatura, o Parlamento aprovou por unanimidade a alteração ao Estatuto da Ordem que abre caminho para o internato que pode vir a ter a duração de um ano. A bastonária, Maria Augusta Sousa, lembra que a maior parte dos erros cometidos por um enfermeiros acontecem no primeiro ano de exercício da profissão, o que faz o internato ganhar importância.

TSF
Não me atrevo sequer a comentar, tirem as vossas especulações. Até a Ordem concorda com a remuneração abaixo da de um Enfermeiro, que já é conhecida por ser alta e justa! Com estas decisões como é que não havemos de estar nas posições que estamos. Não tem qualquer sentido que os recém-licenciados tenham de fazer este internato.

Uma das melhores notícias que vi nos últimos tempos...

A cerveja pode ser uma «eficaz» bebida reidratante após a prática de exercício físico, revela um estudo científico realizado pela universidade de Barcelona, corroborado por outros semelhantes realizados em Espanha. «A alta presença de elementos antioxidantes» ajuda a reduzir os efeitos produzidos pelo exercício físico, como a fadiga ou a falta de ar, defende o professor de Fisiologia do Exercício, Joan Ramón Barbany.A ideia foi defendida na apresentação do estudo «A Idoneidade da Cerveja na Dieta Equilibrada dos Desportistas», durante os Jogos Mundiais da Medicina e Saúde, que se celebram em Alicante.«A cerveja tem uma alta presença de elementos oxidantes, derivados da sua origem vegetal, que combatem a presença de radicais livres», diz o académico, que defende que isso ajuda a reduzir os efeitos do exercício físico, «como as dores musculares ou a fadiga».Esta bebida contém componentes vitamínicos, minerais e carboidratos, pelo que a sua ingestão em «doses moderadas» por adultos pode desempenhar um papel na «recuperação do metabolismo normal e imunológico dos desportistas depois do exercício físico». Um outro estudo, da universidade de Granada, revela que «em comparação com a água, (a ingestão de cerveja) não tem qualquer aspecto desaconselhável».«Apesar do álcool, a cerveja é uma magnífica bebida compatível com o rendimento desportivo de qualquer disciplina», acrescenta Juan Antonio Corbalán, antigo internacional de basquetebol e agora fisiologista do desporto.
Diário Digital / Lusa
Impecável, acho isto demasiado engraçado e vamos lá ver se as pessoas não a levam muito a peito, senão vamos nos deparar com frigoríficos nas saídas dos ginásios carregadinhas de cerveja, a bebida do "homem".
Bem ditos anti-oxidantes. Bem dito professor.

O caminho mais longo...

Acabadinho de acabar o curso, acabadinho de sair da "boa vida" para conhecer a realidade, a realidade de um mundo paralelo, um mundo onde nem sequer queremos entrar, um mundo onde a competição é incrível, onde os mais forte sobrevivem e os mais fracos vão sobrevivendo. Enfim, um mundo assim era suposto não querermos, rejeitarmos de qualquer maneira, mas porquê a ânsia de alguns penetrarem nele e entranharem-se de tal modo que ficam iludidos, magicados da cabeça, sem noções nem consciência a 100%. Para já entretenho-me a resolver burocracias (outra coisa inademissível neste país) e papéis para poder desenvolver a minha profissão e ocupo os meus tempinhos a trabalhar para ganhar algum trocadito. Mas quero trabalhar na minha área, quero mesmo muito, mas também temos que lutar e caminhar para isso.
Na minha opinião, e ela vale o que vale, ou seja muito pouco, acho que ainda há trabalho, apenas temos que procurar bem e não esperarmos pela porta de entrada do emprego mesmo ao ladinho da porta de nossa casa. Não, assim não.
Tudo começa por baixo, o sucesso tem o seu peso, tem os seus sacrificios, não podemos simplesmente baixar os braços e esperar pela ajuda divina.
Como Enstein dizia: "O único lugar onde o sucesso vem antes do trabalho é no dicionário". E não nos podemos esquecer dos recém-licenciados (o meu caso), um futuro para o país, uma fonte de vontade de trabalhar, igualmente como uma fonte de transmissão de conhecimentos actualizadíssimos.

A gripe! Um cenário indesejável.

"Organização Mundial de Saúde (OMS) afirma que, em todo o Mundo, 816 pessoas morreram depois de terem contraído o vírus H1N1. A OMS refere ainda que a gripe A já está a chegar aos 200 mil casos e que a doença deverá atingir todos os países do planeta muito brevemente. Na Europa, mais de 16 mil doentes foram confirmados com a doença, entre eles mais de 30 mortais. Em Espanha morreu o sexto paciente com gripe A, durante o passado fim-de-semana. O último relatório da direcção-geral de saúde refere que em Portugal, os casos de infecção pelo vírus H1N1 ascende já aos 239 casos."
Será que há a necessidade de uma preocupação? Não devemos no entanto cair no erro de não darmos valor a esta pandemia, devemos, pelo contrário tomar todas as precauções indicadas, no entanto, não alarmemos a população, não encham as Urgências quando a pandemia vier em força. Factos cientificos indicam que a humanidade, ou grande parte dela evoluirá e desenvolverá imunidade a este vírus, mas o pior ou o cenário indesejável é mesmo a mutação do vírus. Não nos esqueçamos que a gripe sazonal normal mata mais pessoas que esta nova gripe.
Precaução, prevenção e promoção são 3 das muitas palavras do século, devem ser seguidas sagradamente e de uma forma escrúpula.

Socrates, o irónico...

Lisboa, 27 Jul (Lusa) - O secretário-geral do PS relativizou hoje os exageros nos comentários de alguns "bloggers" na Internet, contrapondo que os blogues constituem já actualmente um novo espaço que se abre à democracia política e cívica.
"Disseram-me que dizem muito mal de mim na blogosfera e vim ver se isso era verdade. Isso não é bem assim", comentou Sócrates, numa nota de humor, à entrada para um encontro com alguns dos principais blogues portugueses.
No entanto, com o líder socialista estão presentes representantes de blogues como o "Jugular", "Cronistas para mais tarde recordar", "Miúdos seguros na net", "Rua Direita", "O Afilhado", "País relativo", "O país das Ideias", "Ideias em série", "Câmara dos Comuns", "31 da Armada", "Loja de Ideias", "Estado Sentido", "Portugal dos Pequeninos" e o "Simplex".
"Quem é que falou no Socrates??? Quem foi?"
Um homem irónico e engraçado aos comandos de um país não muito melhor do que isso. Uma capacidade de argumentação incrível.

domingo, 28 de junho de 2009

O fim...

Chegará ao fim esta longa caminhada, dura mas orgulhosa, caminhada esta que nos leva agora para um mundo incerto, um "mundo enfermo" e sobretudo um mundo onde sobrevivem os mais fortes. Acabará em breve o curso, mas com este final o medo e a ansiedade aumenta, bem como a incerteza e a incapacidade de motivação.
A profissão é demasiadamente orgulhosa, mas deixa-me apreensivo e preocupado, pois convivi diariamente com profissionais de saúde de meia idade e eles próprios admitem estarem cansados desta "vida", cansados de não puderem estao ao fim de semana com a familia, mas também cansados da sua função. E eu coloco-me a pensar e vejo que ainda tenho uns longos 30 e muitos anos para trabalhar e exercer a profissão e não me consigo rever pois o negativismo é tanto que me desanima. Adoro enfermagem e adoro ajudar o próximo, mas não podemos nunca tentar fazer mais para além das nossas capacidades funcionais. O nosso trabalho demora em ser reconhecido, demora a ser bem pago e demora a ter os seus direitos mais importantes e somando isso tudo e calculando o peso do beneficio/maleficio não consigo obter uma resposta positiva.

Falta ainda muita coisa na Enfermagem...


Falta reconhecimento
Falta em número
Falta união
Falta sinceridade
Falta honestidade
Falta comunicação
Falta uma série de coisas essenciais para a condição/relação humana.

segunda-feira, 8 de junho de 2009

Sumarissimos da semana...


Ainda falando da Senhora Manuela Moura Guedes, "(...)por amor de Deus, deixem-me em paz.", acreditam que foi esta senhora que disse isto? Que começe a declarar os seus vencimentos. Já em relação ao jornalismo, não vale a pena tecer qualquer comentário.


É, deveras, um atentado à pobreza mundial, uma pobreza económica, emocional e social, que assistimos a pormenores que me levam perto da loucura e me obrigam a cerrar os dentes, aumentando a minha tensão arterial, bem como o meu stress emocional. Falo da nossa sociedade "suja e desgastada", que paga 4300 euros por segundo a uma senhora chamada Catherine Zeta-Jones num anúncio de sete minutos, o que perfaz a quantia não menos "merecida" de 1,8 milhões de euros. Bem, beleza não lhe falta e de certeza que se fosse italiana já estaria no parlamento com um cargo onde poderia auferir mais alguns euros para ver se conseguiria sobreviver neste mundo tão exigente. Uma vénia ao Sr. Berlusconi.

Estes exemplos de "carnificina social" fazem-me lembrar os jantares dos comícios e propragandas politicas, onde não faltam convidados, que apesar de saberem qual a cor do partido não saberão (sem sombra de dúvidas) o nome do seu líder. Portugal dos pequeninos está outra vez na grande montra europeia.
Enfim, a sociedade nunca foi igual.
João Pedro Cruz

terça-feira, 26 de maio de 2009

Outra grande perspectiva acerca dos Paramédicos!

"Fomenta agora, o já há mt sonhado pelos técnicos de ambulância de emergência (TAE), carreira com actos de enfermagem e médicos.É óbvio que os Enfermeiros não obstam a tal facto, todos devem lutar por uma carreira digna, motivadora de sucesso e orgulho para qq profissional.
O problema reside nas funções que os TAE pretendem almejar. Ser detentor dos procedimentos consagrados no Regulamento do Exercício Profissional de Enfermagem, documento aprovado pela Assembleia da República, compete unicamente aos portadores do título de enfermeiro. Ora, os Srs TAE não tem título de enfermagem, logo, não podem nem devem desempenhar funções que estão consagradas a outras profissões.Exemplo,Os Enfermeiros que estão a instrumentar cirurgias, também as podem fazer, mas sabem perfeitamente ocupar o seu lugar, logo, não entram em conflito com cirurgiões.
Os Enfermeiros que estão na eq de anestesiologia tb sabem anestesiar (EOT, sedação, curarização, etc) mas não o fazem, nem reenvindicam uma carreira atropelando outros não-enfermeiros.Assim, os enfermeiros das SIV e VMER, inicialmente tb se vão apoiar nos TAE mais credenciados, aprendendo, isso tb acontece com os não-enfermeiros que estão no ínicio do internato, mas depois ganham asas e voam no campo do conhecimento e autonomia. Isto é assim, para qq profissão.
A sabedoria é partilhada por mts num mesmo espaço, mas cada um tem a sua função.Os TAE também podem ter a sua carreira, mas não têm de a conquistar invadindo o campo de outros.Relatam que um paramédico convidado a um congresso fala que os enfermeiros querem ser paramédicos, será mesmo assim??? Se era paramédico não ia defender os enfermeiros, certo? e se o convidaram os TAE, não iria entrar em conflito com quem deu o dinheiro para palestrar.Se aumentam as competências, quer as VMER, mas ainda com mais relevo as SIV não têm nexo estar a expandir e a proliferar no país. Isto revela, que o INEM está a ser gerido da frente para trás.
Os Enfermeiros do pré-hospitalar são e serão sempre uma mais valia, quer queiram, quer não. As práticas que os TAE estão reenvindicar são o dia-a-dia dos Enfermeiros, daí não ter nexo formar outros qd já existe quem o faça há mts e mts anos.A enfermagem tem funções específicas e nunca vai abdicar delas.
O número de horas de formação que querem leccionar aos TAE, nada dizem do que será a prática.A OE vai intervir certamente, esperamos que de forma assertiva e não passiva como há bem pouco tempo.
No blogue doutorenfermeiro, comentadores insurgem-se que não existem enfermeiros que consigam cobrir todo o território, isto é mt certo. Mas cada um de nós não tem uma ambulância à porta para socorrer qd necessitamos, em nenhum local do mundo isso existe. As SIV vieram cobrir mts defeitos do sistema. E não esqueçamos, qd alguém tem de morrer TAE, Enfermeiro e /ou Médico algum por mais perto ou longe que esteja, poderá evitar.Desaprovo portanto a medida anunciada pelo Sr Sec Estado e concordância pela Presidência do INEM.Recuso supervisão ou orientação de TAE no meu departamento. "
Não quero criticar os Bombeiros, o INEM, ou qualquer que seja, apenas quero consciência e uma sra. plena consciência, porque há ideias que nem sempre vêm por bem. E, aliás, eu também sou BOMBEIRO, desde 2002 e não quero criar lutas mesquinhas, quero apenas dar a César o que é de César, com isto quero dizer que o que importa aqui é a qualidade dos cuidados, o que importa são os doentes/vítimas. Isso é pelo qual nós deveríamos lutar.

País de Ideias Nobres este... Paramédicos (mais encargos), quando existem enfermeiros aos Pontapés!!

Dá vontade de rir, senão leiam as ideias mirabolantes aqui descritas, num país que se diz "estar em crise", que ainda têm tempo para pensar na criação de uma carreira, na criação de uma profissão, para responder assim, de uma melhor maneira à Emergência Pré-Hospitalar. É de loucos, senão reparem: Existem milhares de enfermeiros no desmprego e estes "gajos" começam de repente a pensar em criar uma carreira destas, com "milhares" de competências que não cabe na cabeça de ninguém, pois como se tem visto, a área da Emergência Pré-hospitalar irá sempre ser associada ao Médico e ao Enfermeiro. Pois as 5000 X horas de curso de um enfermeiro desempregado vale milhares de vezes mais que as X horas de curso do "Técnico de Emergência"...

Ordem dos Médicos tem dúvidas sobre necessidade desta carreira profissional

A Liga dos Bombeiros Portugueses vai defender a criação da carreira profissional do técnico de emergência médica. A aposta na figura do paramédico é uma das propostas que constam do memorando que vai hoje ser entregue ao Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM), no âmbito da negociação em curso. A ideia, agora defendida pelos bombeiros, já vem sendo debatida internamente por médicos e técnicos do socorro. Mas está longe de ser consensual.Em causa está a delegação nestes técnicos de competências médicas até agora vedadas aos tripulantes de ambulância de socorro (TAS). Reanimar, por exemplo, é um acto exclusivo dos médicos e que os técnicos que circulam nas ambulâncias de socorro, (com apenas 210 horas de formação), não podem praticar.
A proposta da Liga baseia-se em duas constatações, explicou ao DN o seu presidente, Duarte Caldeira. "Há actos e competências necessários à prestação do socorro que não se ajustam ao perfil curricular do tripulante de ambulância de socorro. E não há médicos suficientes para prestar um serviço de qualidade de socorro pré-hospitalar. É necessário, por isso, criar um patamar intermédio."
Duarte Caldeira não especifica, por exemplo, de quantos paramédicos precisa o País. E lembra que esta proposta é ainda teórica, inicial e não pode ser entendida como algo isolado. "É mais um passo num caminho a percorrer, cujo objectivo é aumentar a qualificação do serviço prestado". O representante dos bombeiros voluntários rejeita ainda posições corporativas e diz que estes técnicos de emergência, ou paramédicos, podem estar ao serviço dos bombeiros, INEM, Cruz Vermelha ou polícias.
Actualmente, o INEM já denomina os seus elementos de técnicos de emergência médica. "Mas a sua formação é igual à dos tripulantes de ambulância de socorro (que estão nos corpos de bombeiros), sendo apenas uma forma de o INEM descriminar positivamente os seus técnicos em relação aos outros", acusa Duarte Caldeira.

É preciso uma nova carreira?
A criação desta carreira técnica já vem sendo reivindicada pela Associação Nacional dos Técnicos de Emergência Pré-Hospitalar e pela Associação Portuguesa de Medicina de Emergência. Vítor Almeida, presidente da segunda entidade, afirma que os moldes de actuação dos paramédicos devem ser definidos pelo Estado. "Não servem para substituir os médicos, devem cooperar com eles." Num caso grave, diz, podem estabilizar o doente ou colocar-lhe um soro. "Mas deve ser sempre accionado também o meio medicalizado."
Vítor Almeida diz que nos técnicos do sector já existe esta aspiração e defende que seja dada prioridade aos que "já têm competência e têm disponibilidade e interesse em aprofundar os seus conhecimentos".
O bastonário da Ordem dos Médicos não está tão convencido desta necessidade. Ao DN, Pedro Nunes afirmou que a Ordem ainda não tem uma posição fechada sobre o assunto, embora a ideia já esteja a ser debatida internamente e alguns médicos a considerem positiva. As dúvidas do bastonário prendem-se com a criação de uma nova classe profissional. "Tenho dúvidas de que valha a pena criar novos profissionais especializados, utilizados de vez em quando, e aumentando muito os encargos".
Pedro Nunes questiona se não seria "mais inteligente dar formação a profissionais já existentes, como enfermeiros que estão desempregados". (LINDO)
Pedro Nunes sublinha ainda a necessidade de reforçar a centralização do sector da emergência e de criar uma autoridade mais clara neste domínio. Congratula-se, por isso, com a escolha de um militar para a presidência do INEM. "Cargo precisa de capacidade de decisão", diz.
"Realmente este país é espectacular, é invejável ser Português! Com estas ideias vamos de certeza caminhar para um futuro melhor, um futuro com mais desemprego, com mais inexperiência e competência na aplicação dos cuidados de saúde, com mais insegurança, etc..."

terça-feira, 12 de maio de 2009

Plano de Contingência

Assumiram ter capacidade de resposta a uma possível pandemia, assumiram ter forças e meios para não deixar que Portugal se "enerve", no entanto existem estas falhas fulcrais e bastante pertinentes. Em primeiro lugar acho incrivel que os turistas vindos do México, que não foram poucos, não terem sido sequer observados nem orientados para uma conteção da infecção, que felizmente não explodiu. No entanto, o Ministério da Saúde não tomou qualquer provimento em relação a isso.Até o próprio Presidente do Hospital Curry Cabral (Hospital de Referência) admitiu que o plano estava a ser contrariado.
Como futuro profissional de saúde acho incrivel, embora possa descentrar-se das condições éticas e morais, o facto de o internamento compulsivo, nestes casos, atenção, nestes casos, ser praticamente impossível. Felizmente que o doente está imputável, está consciente no tempo e no espaço, mas por amor de deus, é um caso de Saúde Pública, não podemos arriscarmo-nos por um ou dois indivíduos, que por estarem melhor em casa não são internados.
Mais uma curiosidade, a linha de saúde 24 está "podre", senão contem o número de telefonemas perdidos, ora isto coloca em causa a saúde dos doentes. Mas mais uma vez, a culpa é do Ministério da Saúde, porque não conseguem chegar ao consenso que 45 enfermeiros não chegam para atender as chamadas recebidas em 24 horas, isto é ridículo. O dinheiro público tem de servir para isso, nós, os nossos pais, os nossos cidadãos pagam impostos é para isso, para uma garantia da qualidade de vida e uma garantia de que não vai morrer por um telefonema não atendido.
Afinal, quais são as prioridades do País?


Para a Revista Sábado,

João Pedro Alves da Silva Sousa Cruz Póvoa de Lanhoso, Braga 12 de Maio de 2009

domingo, 10 de maio de 2009

As Artérias Coronárias


Cada vez mais se ouve falar em artérias coronárias, devido, um pouco ao crescimento do número de pessoas com Factores de risco Cardiovasculares, devendo se isto à progressiva má alimentação e maus hábitos de saúde gerais. Enfim, pagamos aquilo que fazemos. Por vezes estas ditas artérias ocluem ou têm estenoses, ou mesmo obstruções absolutas, o que leva à dor intensa, dor pré-cordial ou retroesternal, com ou sem irradiação. Juntamente com alguns sintomas, os doentes recorrem ao serviço de Urgência e constata-se a subida dos MNM (marcadores de necrose miocárdica) e lá vamos nós para mais um possivel enfarte do miocárdio ou angina, ou doença coronária aguda, etc... E vão ser estas artérias, as estudadas, pelo cateterismo ou por outro ECD, para obtermos respota rapida da localização da oclusao, estenose ou outra anomalia. Aqui fica uma descrição pormenorizada da anatomia das artérias coronárias...




As artérias coronárias constituem-se nos primeiros ramos emergentes da aorta, logo acima do plano valvar aórtico, e seu início pode ser observado nos dois óstios das artérias coronárias, situados nos seios aórticos ou seios de Valsalva direito e esquerdo. A existência de apenas um óstio ou mesmo mais de dois pode ocorrer, embora raramente, havendo relato na literatura de até cinco óstios independentes.
Existe uma grande variação na denominação dos ramos coronários principais, bem como de seus sub­ramos. Isto depende da preferência de cada centro ou de cada serviço, embora a nômina anatômica proponha a padronização.
Outro aspecto que merece aqui ser comentado diz respeito aos territórios de irrigação pelas artérias coronárias que, embora apresentem inúmeras variações, têm uma disposição mais freqüente. Em linhas gerais, a coronária direita se encarrega da irrigação do átrio e ventrículo direitos, da porção posterior do septo interventricular, dos nós sinusal e atrioventricular e, ainda, de parte da parede posterior do ventrículo esquerdo. A coronária esquerda é responsável pela irrigação da parede ântero-lateral do ventrículo esquerdo, átrio esquerdo e da porção anterior e mais significativa do septo interventricular. Como a irrigação dos ventrículos é muito mais preponderante do que a dos átrios, quase sempre a descrição se refere aos ramos ventriculares.

Artéria Coronária Direita


A coronária direita se origina na aorta a partir do óstio coronário direito, segue um curto trajeto até se posicionar no sulco atrioventricular direito, passando a percorrê-lo. Os primeiros ramos com direcção ventricular dirigem-se à parede anterior do ventrículo direito, na região do cone ou infundíbulo, e são denominados ramos conais ou infundibulares. Entretanto, muitas vezes, observa-se a presença da artéria do cone que sai diretamente da aorta. Seguindo o seu trajeto, a coronária direita contorna o anel tricúspide, situando-se anteriormente ao mesmo, até atingir a margem direita ou aguda do coração. Neste trajeto originam-se vários ramos, responsáveis pela irrigação da parede anterior do ventrículo direito, até a sua margem, sendo conhecidos como ramos marginais da coronária direita (EAM anteriores).
Após ultrapassar a margem, a coronária direita se dirige em direcção ao sulco interventricular posterior e à crux cordis. Entre a margem e este ponto podem se originar pequenos ramos posteriores do ventrículo direito até a ocupação pela coronária direita do sulco interventricular posterior, com o ramo interventricular posterior ou descendente posterior. A continuação da coronária direita em direção à parede posterior do ventrículo esquerdo, bem como a própria presença do ramo interventricular posterior, depende do conceito da dominância, que será discutido mais adiante.
A coronária direita dá origem, em cerca de 58% dos casos, à artéria do nó sinusal, que se dirige para cima e medialmente, circundando o óstio da veia cava superior, irrigando neste trajeto o átrio direito e principalmente o nó sinusal. Além da artéria do nó sinusal, a coronária direita emite para os átrios alguns ramos de pequeno calibre.

Artéria Coronária Esquerda

A coronária esquerda se origina do óstio coroná­rio esquerdo, no seio de Valsalva esquerdo, percorrendo um trajeto posterior ao tronco pulmonar. A coronária esquerda tem uma extensão que varia de milímetros a poucos centímetros. Este pequeno segmento, muito calibroso (cerca de 4mm), é denominado tronco da coronária esquerda e apresenta direção anterior, bifurcando-se para originar as artérias interventricular anterior ou descendente anterior e circunflexa. Em vários casos, que segundo alguns autores pode chegar a 39%, ocorre uma trifurcação originando-se na bissetriz do ângulo formando pela artéria descendente anterior e artéria circunflexa, um ramo chamado diagonalis, que cruza obliquamente a parede ventricular.
A artéria descendente anterior tem direção ante­rior, ocupa o sulco interventricular anterior e se dirige à ponta do ventrículo esquerdo, podendo em alguns casos até mesmo ultrapassá-la e prosseguir por poucos centímetros em direção ao sulco interventricular posterior, apresentando comprimento médio de 10 a 13cm e cerca de 3,6mm de diâmetro. Há duas categorias de ramos que se originam a partir da artéria descendente anterior: os ramos septais e os diagonais. Os septais se dirigem ao septo interventricular e se originam a partir da parede posterior da artéria descendente anterior; são intramiocárdicos, ocorrem em número variado, do início da artéria descendente anterior à ponta do ventrículo esquerdo. Os ramos diagonais se originam lateralmente à pa­rede esquerda da artéria descendente anterior, têm sentido oblíquo, se dirigem à parede lateral alta do ventrículo esquerdo e são também conhecidos como ramos anteriores do ventrículo esquerdo.
A artéria descendente anterior, ainda que geralmente seja uma estrutura epicárdica, pode converter­se em intramiocárdica em alguns trechos do seu trajeto para depois emergir à sua posição epicárdica habitual. Estes segmentos de músculo sobre a artéria são denominados ponte miocárdica.
A artéria circunflexa posiciona-se no sulco atrio­ventricular esquerdo e o percorre, desde o seu início, a partir do tronco da coronária esquerda, apresentando entre 6 e 8cm de comprimento. Em cerca de 30% dos casos, a artéria do nó sinusal origina-se da artéria circunflexa em lugar da coronária direita, podendo ocasionalmente, cerca de 10% dos casos, originar-se diretamente do tronco da coronária esquerda. Em seu trajeto, ao longo do sulco atrioventricular, a artéria circunflexa emite inúmeros ramos para a parede lateral do ventrículo esquerdo. Eles são conhecidos como marginais, quanto mais proximais, e ventriculares posteriores, quanto mais distais e próximos ao sulco interventricular posterior. Em uma porcentagem reduzida de casos, a artéria circunflexa pode ocupar o sulco interventricular posterior, caracterizando uma dominância do tipo esquerdo. Neste caso, este ramo recebe o nome de interventricular posterior da coronária esquerda.



Pode ser dificil de entender estas pequenas posições, mas são sem dúvida importantges para um bom diagnóstico e uma boa análise dos EAM ou mesmo outras patologias. É dificil de entender, mas vale a pena.

quarta-feira, 22 de abril de 2009

INR?? índice de Normalização Internacional...

É camuflado, mas importante, por vezes vemos esta sigla nos resultados das nossas análises e ficamos duvidosos do que poderá ser. É um valor importante para os médicos, enfermeiros, analistas, enfim, todos os profissionais de saúde. Importante para quem se prepara para uma cirurgia, ou quem faz profilaxia da TVP, ou profilaxia de Embolismo Pulmonar, entre muitos outros problemas...
O que é?
O tempo da protrombina, ou a pinta, teste medem o tempo onde toma seu sangue para dar forma a um coágulo. Este teste é chamado igualmente frequentemente protime.
Os resultados do teste do tempo da protrombina podem variar do laboratório ao laboratório, assim que os fornecedores de serviços de saúde usam uma relação chamada a INR (relação normalizada internacional) para poder esclarecer as diferenças.
Qual a razão de ser feito?
O PT/INR é feito geralmente para medir o efeito de sangue-diluir medicinas (anticoagulantes), como o warfarin (Coumadin).
Se você tem um problema médico tal como a fibrilação atrial ou o thrombosis profundo da veia, ou teve uma válvula de coração substituída, seu sangue é mais provável dar forma a coágulos. Os coágulos podem obstruir vasos sanguíneos e possivelmente causar um cardíaco ou um curso de ataque. Seu fornecedor de serviços de saúde pode prescrever um diluidor do sangue para ajudar a impedir coágulos. É muito importante medir o efeito de um diluidor do sangue com este teste. A medicina deve manter o sangue apenas fino bastante para impedir coágulos. Se o sangue é demasiado fino, você pode sangrar demasiado facilmente.
O teste do tempo da protrombina pode igualmente ser feito se você tem o sangramento ou a coagulação anormal.
Qual a necessária preparação para o exame?
Você pode precisar de evitar tomar determinadas medicinas antes do teste porque puderam afetar o resultado da análise. Certificar-se que seu fornecedor de serviços de saúde sabe sobre todas as medicinas, ervas, ou suplementos que você tomar. Não parar algumas de suas medicinas regulares sem primeiramente consultar com seu fornecedor de serviços de saúde.
Se você está tomando o warfarin (Coumadin), ter quantidades diferentes da vitamina K em sua dieta de do dia a dia pode afetar seus resultados da análise e a dosagem de Coumadin que você precisa. Por exemplo, os vegetais verdes frondosos, tais como o espinafre, e os óleos tais como o óleo do canola e o óleo de feijão da soja, são alguns dos alimentos que têm quantidades elevadas da vitamina K. Se você está no warfarin, você deve comer uma dieta equilibrada saudável com uma quantidade mais ou menos idêntica da vitamina K cada dia. Seguir instruções do seu fornecedor de serviços de saúde para sua dieta.
Qual o Significado do Resultado?
A escala normal da pinta é 11 a 14 segundos. A escala normal pode variar ligeiramente do laboratório ao laboratório. As escalas normais são mostradas geralmente ao lado de seus resultados no relatório do laboratório.
Um valor da pinta mais altamente do que o normal significa que seu sangue está tomando mais por muito tempo do que usual para dar forma a um coágulo. Esta pinta prolongada pode acontecer se:
está tomando o warfarin.
tem a infeção hepática.
precisa mais vitamina K.
tem uma desordem de sangue herdada.
tem tido muito sangramento pesado recentemente.

O valor normal para a INR é 1.0
A INR é usada para ajustar a dose do warfarin. A INR desejada variará dependendo de que circunstância está sendo tratada.

sábado, 18 de abril de 2009

Quais as razões para uma maior aposta na RNCCI? São muito transparentes...

A doença vascular cerebral aguda, a fractura do colo do fémur e as insuficiências cardíacas, bem como os quadros psicóticos senis e pré-senis, são os diagnósticos que motivam mais propostas para a referenciação na Rede de Cuidados Continuados Integrados.
De acordo com o relatório da actividade da Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados (RNCCI) em 2008, estes são os diagnósticos principais que reúnem maior número de propostas para a referenciação nesta rede.
Só a doença vascular cerebral aguda (AVC) motivou 42 por cento das propostas (falta capacidade de resposta para uma boa e eficaz actuação na prevenção da doença e promoção da saúde), refere o documento, a que a Agência Lusa teve acesso, revelando também que, até 31 de Dezembro de 2008, foram contratualizadas 2.870 camas, representando um aumento de 51 por cento em relação a 2007.
Até ao final de 2008, o rácio de cobertura para o total de tipologias de internamento da RNCCI situava-se em 177 camas por 100.000 habitantes com idade igual ou superior a 65 anos, representando um aumento de 51 por cento em relação a 2007.
Das 126 Equipas de Cuidados Continuados Integrados (ECCI) previstas no Plano de Implementação 2008 estavam já constituídas, no último dia do ano passado, 72 equipas, que representam 57 por cento do previsto.
A rede envolve mais de 4.500 profissionais e recursos financeiros de 97.351.925 euros ( O Cristiano Ronaldo e companhia podiam dar uma ajuda!).
O relatório refere que, no âmbito do Projecto de Distribuição de Fraldas a Utentes em Situação de Precariedade Económica internados em Unidades de Longa Duração e Manutenção, foram disponibilizadas, em 2008, um total de 735.540 fraldas, com uma execução financeira de 200.151,78 euros (Aqui em vez de pedirmos aos jogadores de futebol multimilionários, podiamos insistir com os deputados e grandes magistrados, ou mesmo médicos, que em vez de pagarem cotas desnecessárias poderiam ajudar aqui e ali).
A medida permitiu "apoiar cerca de 60 por cento da população internada em Unidades de Longa Duração e Manutenção com problemas de incontinência, garantindo uma melhoria na prestação de cuidados e na qualidade de vida dos utentes".
O relatório indica que, em 2008, foram referenciados para a RNCCI 18.323 utentes, o que representa um aumento de 132 por cento, em relação a 2007 (o futuro - geriatria...então vamos mas é investir caramba). Desde o início do funcionamento da rede e até 31 de Dezembro do ano passado, foram referenciados 26.222 utentes.
"A distribuição dos utentes referenciados em 2008 por tipologias de resposta mostra que 30,1 por cento do total foi proposto para tipologia de internamento de Convalescença, 27,3 por cento para Média Duração e Reabilitação e 26,7 por cento para Longa Duração e Manutenção", lê-se no documento.
Dos utentes referenciados, 79 por cento tem 65 ou mais anos, uma igual percentagem vive com a sua família natural, 13 por cento vivem sós (a actualidade obriga a coisas terríveis) e quatro por cento vivem numa instituição.
"Os familiares constituem o principal suporte dos utentes que recebem apoio (em 67 por cento dos casos), seguido da ajuda domiciliária de apoio social (24 por cento)", segundo o documento.
A Rede, criada pelos Ministérios do Trabalho e da Solidariedade Social e da Saúde em 2006, é formada por um conjunto de instituições públicas e privadas que prestam cuidados continuados de saúde e de apoio social.
A RNCCI tem como objectivos a prestação de cuidados de saúde e de apoio social de forma continuada e integrada a pessoas que, independentemente da idade, se encontrem em situação de dependência.
SMM.
Lusa/Fim
Está a crescer, sim, está, mas temos que ser mais rápidos, mais audazes e arriscar. Estas unidades que se criem, a rede tem de aumentar...Vamos lá gente rica, ajudem um pouco, vamos lá senhores empresários, vamos lá Santas Casas das Misericórdias...

quinta-feira, 2 de abril de 2009

Esperam até à ultima hora!! Impressionante...vamos à Luta!

COMISSÃO NEGOCIADORA SINDICAL DOS ENFERMEIROS
Negociações da Carreira de Enfermagem

M. SAÚDE REMETEU NOVA PROPOSTA
Enfermeiros têm razões acrescidas para realizar a Greve de 2 e 3. Abril.09
Análise da Nova Proposta reformulada do Ministério da Saúde, remetida a 31.Março.09 (19h30)
A – Carreira de Enfermagem

1 – Âmbito de aplicação
Mantém: Este Diploma é aplicável:
Aos CTFP e nas Regiões Autónomas – art.º 2
Aos actuais e futuros CITs é aplicável a estrutura de Carreira, o resto das matérias consta de
ACT – art.º 3
Aos futuros CITs não é aplicável a Grelha Salarial (remunerações mínimas a fixar em ACT) – art.º 11, n.º 2
2 – Estrutura de Carreira e Desenvolvimento Profissional
A – Categorias: Mantém 2 – art.º 4:
Enfermeiro – Prestação de Cuidados Gerais e Especializados, Formação e Investigação – art.º 6
Enfermeiro Principal – Conteúdo Funcional de Enfermeiro e Coordenação dos Serviços – art.º 7
O Conteúdo funcional indicia que o Governo não pretende aprovar o MODELO DE DESENVOLVIMENTO PROFISSIONAL tal como foi acordado entre a Ordem dos Enf. e o Ministério da saúde
B – Acesso à Categoria de Enfermeiro Principal – art.º 9
Mantém - Deter o Título de Enf.º Especialista
Novo – Deter 15 anos de exercício profissional
C – Área da Gestão – art.º 14
Nova redacção com o mesmo objectivo:
Os Enfermeiros podem exercer funções de Coordenação, Direcção e Chefia de Unidades Funcionais, Serviços ou Departamentos. Têm que deter a Categoria de Enfermeiro Principal
De entre os Enfermeiros com a Categoria de Enfermeiro Principal, o CA escolhe alguns para exercerem estas funções. São exercidas em Comissão de Serviço, de 3 anos, renovável. A Remuneração é a fixar em diploma
D – Recrutamento

Mantém: Ingresso e Acesso é por Concurso; O Concurso é a regulamentar em Portaria – art.º 10
Novo – O Período Experimental do CTFP passa de 90 dias (3 M) para 240 dias (8 M) – art.º 15
3 – Estrutura e Desenvolvimento Salarial – Novo:
Categoria de Enfermeiro: 11 Posições: Vai do Nível 11 (Posição 1 = 995.51) até ao Nível 44 (Posição 11 = 2 694.75)
Categoria de Enf. principal: 5 Posições: Vai do Nível 44 (Posição 1 = 2 694.75) até ao Nível 57 (Posição 5 = 3 364.14) – art.º 12, n.º 1
Novo: O Ingresso é na Posição 2 da Grelha (Nível 15 = 1 201.48) – art.º 10, n.º 4
Mantém: A Progressão é nos termos do Regime Geral (5/5 anos) - art.º 12, n.º 3
4 – Transição para Nova Carreira
A – Transição de Categoria – Novo – art.º 19 e 20:
a) ACTUAIS Enfermeiros, Enfermeiros Graduados e Enfermeiros Especialista
TRANSITAM DE IMEDIATO para a Categoria de Enfermeiro
b) ACTUAIS Enfermeiros SUPERVISORES DO 6.º Escalão
TRANSITAM DE IMEDIATO para a Categoria de Enfermeiro Principal
c) ACTUAIS Enfermeiros Chefes e Supervisores do Escalão 1 ao 5º
Permanecem na actual Carreira
Transitarão para a Categoria de Enfermeiro principal da Nova Carreira quando a sua remuneração atingir o valor da Posição 1 (Nível 44 = 2 694.75)
B – Transição Remuneratória – art.º 21
Mantém: Na Transição para a Nova Carreira, os Enfermeiros MANTÊM o seu ACTUAL vencimento

B – Outros aspectos
1 – Duração e organização do Tempo de Trabalho
Período normal é de 35 horas semanais. A organização do trabalho é por Turnos. Sobre todas as restantes matérias (trabalho extra, horas de qualidade, pagamentos, etc, APLICA-SE o RCTFP) – art.º 13
2 – Formação Profissional
Podem ser autorizadas Licenças (sem perda de remuneração) por um período de 10 dias úteis por ano. Licenças superiores a 10 dias requer autorização do Ministro da Saúde. – art.º 16
3 – Avaliação de Desempenho
Aplica-se o SIADAP com adaptações a negociar. É regulada em ACT ou em Portaria.
APRECIAÇÃO GLOBAL e GENÉRICA DO SEP/CNESE
1 – Mantêm-se as exigências relativamente ao Âmbito de Aplicação
2 – Relativamente à Estrutura de Carreira e Desenvolvimento Profissional
Não há qualquer justificação para a existência duma 2.ª Categoria (Enfermeiro Principal) nos termos em que o MS propõe.
Esta 2.ª Categoria impede o Desenvolvimento Profissional (Só alguns Enfermeiros com o Título de Enf. Especialista é que “acedem” a Enf. Principal – “ganham mais”/face ao Concurso/Vagas) e constitui um “travão” ao desenvolvimento salarial
Só á admissível a existência duma 2.ª Categoria ou Categoria Atípica se:
Enquadrar o exercício das Funções de Gestão
Os Enfermeiros, na Categoria de Enfermeiro, tiverem a possibilidade de atingir o Nível Remuneratório 57 (topo dos Licenciados da Carreira Técnica Superior)
3 – Quanto à Estrutura e Desenvolvimento Salarial
Há melhorias muito pouco significativas.
Para iniciar a negociação, consagrar o nível remuneratório 15 (1 201.48) para Ingresso e o topo da Técnica Superior (nível remuneratório 57) é positivo.
Contudo, continua a constituir um INSULTO e não há qualquer justificação para:
A existência do nível 11 como Posição 1 da Grelha
Que os Enfermeiros, na Categoria de Enfermeiro, NÃO tenham a possibilidade de atingir o nível 57, como os restantes Licenciados da CTSuperior.
É INADMISSÍVEL que as regras de Progressão remuneratória sejam as mesmas do Regime Geral.
4 – Relativamente à Transição
“O MSaúde quanto mais pensa, PIORES SOLUÇÕES apresenta”.
Valorizamos a inerente ideia de não pretender “descategorizar” a área da Gestão. Contudo, a solução não tem qualificação.
É INTOLERÁVEL que, na transição para a nova Carreira, os Enfermeiros não tenham a devida valorização económica inerente à aquisição da Licenciatura (que outros já tiveram).
5 – Quanto aos Outros Aspectos, mantemos as exigências

A APROVAÇÃO DO
MODELO DE DESENVOLVIMENTO PROFISSIONAL
NOS TERMOS EM QUE FOI ACORDADO
É UM IMPERATIVO DA PROFISSÃO

quinta-feira, 26 de março de 2009

Noticias sobre os Bombeiros...orgulho

A noticia não me deixou contente, mas é a realidade, acho que os poucos que relamente temos são mesmo bons e vão continuar com o esforço dedicado e árduo trabalho, isto sem receber nada em troca... São estes os verdadeiros soldados de Portugal...
Presidente da associação avisa que, apesar de existirem 43 mil profissionais no levantamento feito nas corporações, grande parte raramente se apresenta ao serviço. A situação só muda em 2010 com o recenseamento.
As 400 corporações de bombeiros contabilizam oficialmente cerca de 43 mil voluntários, mas a associação do sector estima que "na prática" esse número fique pela metade. Isto devido à contabilidade 'fantasma' de efectivos, para efeitos de atribuição de subsídios. Os dados foram revelado ao DN pelo presidente da Associação Portuguesa de Bombeiros Voluntários (APBV) Paulo Jesus, que garante, porém, que "os voluntários disponíveis estão a responder à chamada" para combater a actual onda de incêndios.
"No levantamento que fizemos há mais de 43 mil voluntários. O problema é que no plano prático estaremos a falar de metade de efectivos. Há corpos de Bombeiros que no activo têm mais de 100 inscrições, mas na prática só contam com 20 ou 30 elementos", referiu Paulo Jesus. A explicação, diz, é simples: "Há uma falta de rigor e se pudessem, todos os corpos de bombeiros queriam ser da tipologia 1 [mais de 120 bombeiros], porque têm mais apoios públicos". Ou seja, estes profissionais estão no quadro de activos da corporação, contam para efeitos estatísticos, mas raramente se apresentam ao serviço. Até porque por serem voluntários - que representam 85% dos bombeiros do País - nem têm essa obrigação. Quanto aos sapadores, são cerca de 12 mil.
Esta situação, explicou Paulo Jesus, deverá mudar a partir de 2010, depois do recenseamento junto das corporações. É que os voluntários que não façam mais de 270 horas de serviço por ano aos deixa de constar da lista de efectivos. "Quem não cumprir deixa de estar no corpo activo e passa para a reserva, o que é vantajoso porque há uma real percepção dos elementos que há no terreno", afirma, avisa: "Não se admirem por termos apenas quatro mil bombeiros no combate às chamas em pleno verão".
O Parque Nacional da Peneda-Gerês, foi o mais fustigado pela recente onda de incêndios que varreu aquela área protegida o que obrigou ao constante toque da sirene para chamar os 80 voluntários da corporação local. Destes, pouco mais de trinta compareceram ao chamamento e são sobretudo os que trabalham na autarquia. "Os da Câmara, que são a maior parte, aparecem logo após a chamada. Os restantes é muito difícil porque trabalham para privados e depois, nesta altura, nem estão a contar com tantos incêndios ou chamadas", confessa o comandante dos voluntários de Melgaço. José Pereira reconhece que, nesta altura do ano, "falta preparação e prontidão", aos bombeiros.
"Em Janeiro o nosso problema eram as estradas cortadas pela neve. Poucas semanas depois o trabalho não pára, mas com as chamas. Parece um cenário surreal", admite o comandante. Tal como a restante corporação, José Pereira aproveita para descansar do combate às "dezenas" de incêndios que nos últimos dias fustigaram o concelho.
Em altura de crise, a ABPV admite efeitos inesperados. "Os voluntários são trabalhadores normais e por isso também são afectados pela crise. Muitos estão a ficar desempregados e começam a passar mais tempo no quartel, disponíveis para o serviço", explicou Paulo Jesus.
Um fenómeno também reconhecido pelo presidente da Liga de Bombeiros. "Estamos atentos ao que se está a passar. Corremos o risco de entrar numa situação de profissionalismo precário, o que perverte todo o sistema", aponta Duarte Caldeira.
A Liga, garante, está a "estudar este novo fenómeno", propiciado pela crise, e promete chegar a uma solução. Já sobre a dificuldade no recrutamento de voluntários para combate a incêndios numa altura do ano atípica, Duarte Caldeira reconhece dificuldades: "Muitos dos nossos voluntários gozam aqueles trinta dias de férias no Verão e, desses, quinze dias são para servir nos bombeiros. Esta onda vem fora de tempo, como óbvio".

segunda-feira, 9 de março de 2009

Manifestação (13 Março)

Apelamos a que publiquem este Post nos vossos blogs, transmitam-no via email e copiem a carta que vos deixamos (ver em baixo) para os seguintes sites, Fax ou email…Carta para o Presidente da Republica (link- cliquem aqui) ) Carta ao Governo (link - cliquem aqui)
Ministra: Ana Jorge Morada : Av. João Crisóstomo, 9, 6º -1049-062 LisboaTel.: 213 305 000 Fax: 213 305 175Correio electrónico: gms@ms.gov.pt
Deste modo, voltamos a mostrar toda a nossa indignação. Várias foram as promessas sucessivas de que Enfermagem veria ser reposto o seu valor a carreira de Licenciados. Já estamos fartos de esperar, por isso deixamos este documento que caso assim entenderem só têm que assinar e enviar por mail ou fax para o Ministério da Saúde.“Sra. Ministra da SaúdeEU, INDIVIDUALMENTE, TAMBÉM CONTESTO! No passado dia 20 de Fevereiro, durante a Greve Nacional de Enfermeiros, a Sra. Ministra da Saúde anunciou e, finalmente, concretizou o envio, aos Sindicatos, da proposta reformulada, cujo compromisso tinha assumido no dia 29 de Dezembro de 2008. Na proposta constato, e no que diz respeito a estes 4 princípios: 1. UMA CARREIRA PARA TODOS OS ENFERMEIROS – face a esta reivindicação, justa, o Ministério assume que a mesma apenas está dependente de uma decisão politica, razão pela qual propõe que os actuais enfermeiros, a contrato individual de trabalho por tempo indeterminado possam optar pelo que vier a ficar regulamentado neste decreto-lei. Contudo, isso não é suficiente! Nós, enfermeiros, não aceitaremos a manutenção de qualquer tipo de discriminação e, na realidade, o que a Sra. Ministra está a propor é o seu aprofundamento, porque, no âmbito da sua opção, estão vedadas todas as restantes regras aplicáveis aos colegas com contrato de trabalho em funções públicas e, inadmissivelmente, nada disto é possível para os futuros enfermeiros.2. UMA CARREIRA COM UMA ÚNICA CATEGORIA – a Sra. Ministra ao manter uma proposta com duas categorias, insuficientemente justificada com supostos conteúdos funcionais diferentes, contrários ao que hoje está legalmente consagrado no REPE, no Decreto de Lei que transforma a formação dos enfermeiros em Licenciatura e no Código Deontológico revela apenas ter um objectivo: IMPEDIR O DESENVOLVIMENTO DOS ENFERMEIROS NO LEQUE SALARIAL QUE O ACTUAL GOVERNO CONSIDEROU SER O MAIS JUSTO PARA REMUNERAR OS LICENCIADOS. 3. DESCATEGORIZAÇÃO DOS ACTUAIS ENFERMEIROS DA ÁREA DA GESTÃO – se a anterior proposta já era por nós considerada uma vergonha e um “atentado” à profissão, para esta só encontramos adjectivos num léxico pouco propício. Aos enfermeiros que estão, hoje, nas categorias de gestão da actual carreira de enfermagem, independentemente do que se tenha de reflectir sobre as práticas profissionais, foi exigido sempre concursos de acesso às categorias superiores; no acesso à categoria de enfermeiro graduado até 1988 para além do concurso era exigido um exame escrito de estudo obrigatório de 12 temas dos quais era escolhido 1 pelo júri. Para acesso à categoria de Enfermeiro Especialista era exigido, até 1991, nota positiva no exame de acesso à especialidade (a partir desta data passou a ser exigido a avaliação curricular), frequência da especialidade e posterior concurso de acesso à categoria, primeiro com exame escrito e depois com apreciação curricular. Para acesso à categoria de Enfermeiro Chefe e Supervisor era necessário a frequência dos cursos de Administração, concurso, apreciação e discussão curricular e, em muitos casos, avaliação do perfil psicológico. É DE TODO ESTE PERCURSO, INTRINSECAMENTE LIGADO AO DESENVOLVIMENTO DA PROFISSÃO que não é de todo admissível esta proposta da Sra. Ministra.4. GRELHA SALARIAL – é inadmissível que a Sra. Ministra esteja a propor aos enfermeiros uma remuneração de ingresso na actividade abaixo daquela que o Governo, por lei, consagrou para os restantes Licenciados da Administração Pública. É intolerável que a Sra. Ministra apresente uma proposta que coloque o topo da carreira dos enfermeiros abaixo do topo da actual carreira de técnico superior. É insustentável que a Sra. Ministra queira perpetuar a discriminação do reconhecimento do valor social do trabalho dos enfermeiros e, mais grave, que inadmissivelmente diminua, na proposta que se pretende para e com futuro, as expectativas de desenvolvimento salarial quando a comparamos com a actual Carreira de Enfermagem.Porque o que está em causa é a Profissão de Enfermagem e o seu Desenvolvimento;Porque o que está em causa é o reconhecimento do grau académico e do valor social da profissão;Porque não posso continuar a aceitar qualquer tipo de discriminação para e entre os enfermeiros, quer já estejam no exercício ou para os futuros,CONTESTO E REPUDIO VEEMENTEMENTE A PROPOSTA QUE NOS ENVIOU! …………………(assinatura)………………….…………… ”

terça-feira, 3 de março de 2009

O sindicalismo

Na nossa profissão, como em grande parte das outras, existe o Sindicato, dos Enfermeiros Portugueses. A sua actuação é de bastante relevância, muito importante na nossa honra e atitude enquanto profissão, uma profissão, com certo estatuto, com muita carga horária, com salários que deveriam ser melhores e com uma prospecção na carreira que simplesmente não existe.
Somos cerca de 56 000 enfermeiros em Portugal e só isso chega para actuarmos como um todo para atingir aquilo que realmente queremos. O Sindicato conta já com cerca de 20 000 sócios, o que os deve deixar extremamente contente, comparando com o numero de enfermeiros existentes, no entanto, a mim, enquanto finalista do curso, deixa-me muito triste a inércia, a incapacidade dos enfermeiros, profissionais que tanto gostam daquilo que fazem, nao serem nem terem uma veia reinvindicativa, capaz de mover tudo e todos, pois nao somos 20 nem 30 queixosos, somos "mais que muitos".
A dignidade, a postura, as regalias, os beneficios, enfim, temos todo o direito de gozar disso tudo, somos mal pagos, o nosso trabalho, as nossas competencias nao podem ser confundidas, nunca mais.
Pena que, enfim, muitos profissionais aceitem propostas indecentes, compreende-se, mas só se estão a "esborrachar na parede", o erro é tão grande que me revolta.

Lutem pelos vossos direitos, não fiquem à espera dos outros para lutar, eles não fazem tudo sozinhos. Nós somos muitos, nós enchiamos o Estádio da Luz caramba!

"Tudo que seja manifestação de rua, eles não gostam!" (frase que ouvi e que me deixou motivado) Vamos a eles, vamos ao Ministério rugir como loucos.

sábado, 28 de fevereiro de 2009

O último passo...

Vai começar em Março deste ano, o meu último passo, o último estágio, o de integração à vida Profissional. A ansiedade revela-se, nasce de baixo para cima, sinto-me na expectativa.
O serviço que me foi atribuido, o de Cardiologia, um pouco puxado, mas a vontade de estudar e desenvolver capacidades nessa área é enorme. Venha daí o início.

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Cuidado com o Oxigênio nos Recém-Nascidos

Um estudo relevante, muito mesmo, o uso de Oxigénio indevido pode causar sequelas graves, que se tornam, ainda mais graves quando falamos de RN. Achei muito interessante e decidi colocar algumas citações e excertos do texto...

"Quando estamos falando em incerteza, é porque há 50 anos discutimos quanto dá e de que forma administrar o oxigênio. Claro que há 50 anos atrás ninguém imaginava que um bebê de 480g fosse sobreviver. Quase todo o nosso conhecimento é dirigido para crianças maiores."

Em 1956, estudo controlado americano de Kinsey VE (
Retrolental fibroplasia;cooperative study of retrolental fibroplasia and the use of oxygen. Arch Ophthalmol1956; 56:481-543) comprovou que a cegueira observada durante todos estes anos era devido ao uso do oxigênio. Este estudo mudou drasticamente toda a prática do uso de O2 há 50 anos.

Importante - "um conceito que as pessoas tem que estar na cabeça: a saturação é uma medida que avalia o quanto a hemoglobina está saturada de oxigénio e isto não se traduz com uma determinada PaO2 arterial."

Uma questão: Devemos ressuscitar o RN com ar ou com oxigénio?

Eles verificaram que a reanimação com ar (21%) levou a uma recuperação mais rápida da frequência cardíaca, necessitou menos reanimação com ambú e máscara do que a reanimação com o uso de 100% de oxigénio.Quando se dá muito oxigénio a um RN para que a sua PaO2 vá a 60-80mmHg, é importante lembrar que este RN foi criança que dentro do útero tinha uma PaO2 de 20mmHg. Quando se dá 100%, a PaO2 do bebê pode ir a 400mmHg e o que ocorre é a libertação de radicais livres. Têm muitos estudos evidenciado aumento de marcadores de radicais livres circulantes nestes pacientes.
Os autores evidenciaram que o crescimento somático com o uso do ar e com o uso de oxigênio a 100% foi basicamente o mesmo, sem diferenças quanto ao desenvolvimento neurológico (sentar, andar). Assim, não há nenhum problema em reanimar estes RN com ar! Não houve vantagens, mas fundamentalmente os primeiros trabalhos evidenciaram não haver efeitos adversos com a reanimação com ar. Assim, a reanimação com ar ambiente parece ser seguro e eficiente.

"Estamos tentando fazer um consenso do que existe na literatura: 84%, 86%, 92% ou 96%? Vou voltar a falar para vocês o que é a saturação de oxigénio. Sei que todos sabem, mas é importante frisar este conceito. É a quantidade de oxigénio que está preso na hemoglobina que será entregue ou não aos tecidos. Tem muitos cardiopatas sem problemas que vocês já observaram com uma saturação de 60-70% de saturação. Eles conseguem realizar todos os processos metabólico com uma saturação mais baixa. Todos nós já presenciamos RN com saturação de 75%-80%-85% e não morrem, porque aquela quantidade de O2 que esta sendo entregue aos tecidos está sendo suficiente para mantê-lo vivo. Assim, repensamos isto. Não estamos mais no 96-98%."

Mais estudos existem, todos apoiando sempre a temática desenvolvida...interessante e polémico o assunto.

Perguntas relevantes no colesterol...

Algumas das questões que nos colocam e que para não nos "embabacarmos" temos que ter na ponta da língua...

AS PESSOAS COM MAIS DE 65 ANOS TAMBÉM DEVEM PREOCUPAR-SE EM BAIXAR OS SEUS NÍVEIS DE COLESTEROL?


Segundo o National Heart, Lung, and Blood Institute (US) a resposta é SIM. Nos E.U.A. os mais velhos são precisamente aqueles que registam uma maior incidência de doenças cardíacas, pelo que vão beneficiar com uma diminuição dos níveis de colesterol. Foi já comprovado que a redução do colesterol está associada a uma redução do risco de acidentes vasculares cerebrais. Os idosos que não sofrem de doença coronária podem diminuir esse risco mantendo o colesterol num nível baixo.

PODERÁ O COLESTEROL ELEVADO SER UM PROBLEMA GENÉTICO?

Sim. Os genes têm influência na percentagem de LDL-colesterol pelo facto de determinarem a rapidez com que este se forma e se elimina no sangue. Um tipo específico de colesterol elevado com características hereditárias e que afecta 1 em 500 pessoas é a hipercolesterolemia familiar, sendo frequentemente a causa de doença cardíaca. Mesmo que não tenha um tipo genético específico de colesterol elevado, os genes serão sempre um aspecto a ter em conta no que se refere aos níveis de LDL-colesterol.

http://www.medped.org/

NO CASO DAS MULHERES, OS NÍVEIS DE COLESTEROL PODEM SER INFLUENCIADOS PELA MENOPAUSA?

Sim. Antes da menopausa, as mulheres apresentam, normalmente, níveis de colesterol total inferiores aos dos homens com a mesma idade. À medida que ambos vão envelhecendo, os níveis de colesterol no sangue aumentam até aos 60 - 65 anos. Nas mulheres, é frequente verificar-se que a menopausa tem como consequência um aumento dos níveis do LDL-colesterol e uma diminuição dos níveis do HDL-colesterol. É por isso que após os 50 anos as mulheres passam a ter, geralmente, níveis de colesterol total superiores aos dos homens com a mesma idade.

O STRESS TAMBÉM PODE AFECTAR OS NÍVEIS DE COLESTEROL?

O termo "stress" designa o estado resultante da resposta de um indivíduo a factores de natureza física, química, emocional ou ambiental. Tanto pode significar um esforço físico, como uma pressão psicológica. Cada pessoa sente o stress de maneira diferente e reage de formas igualmente diferentes.

O stress pode levar a um aumento do colesterol na medida em que exerce a sua influência sobre os hábitos de um indivíduo. Algumas pessoas procuram confortar-se, durante períodos de maior stress, com uma alimentação excessiva ou à base de alimentos mais ricos em gorduras ou fumando. São os teores de gorduras saturadas e de colesterol contidos nestes alimentos que contribuem para um colesterol elevado, e não o stress.

QUAIS OS EFEITOS DA DIABETES SOBRE O COLESTEROL?

Ter diabetes constitui um importante factor de risco para a doença cardíaca. Uma vez que o risco de um diabético poder ter um ataque cardíaco é tão elevado como o risco de um indivíduo que já sofra de doença cardíaca, os limites para o LDL-colesterol e os tratamentos para baixar o colesterol são basicamente os mesmos para ambos.

É comum verificar-se que os diabéticos têm níveis elevados de triglicéridos e níveis baixos de HDL. Uma vez controlado o nível de LDL, dever-se-à permanecer atento aos níveis elevados de triglicéridos e aos níveis baixos de HDL.