"Apesar de terem aumentado para 153, o número de camas para cuidados paliativos existentes na rede pública de saúde, em Portugal, continua a ser insuficiente para superar as listas de espera. Segundo avança o Jornal de Notícias, o problema vai estar, hoje, em debate, em Lisboa, numa altura em que, segundo afirmou a coordenadora da Unidade de Missão para os Cuidados Intensivos Integrados (UMCCI), existem mais 82 camas desde o ano passado. O que, ainda assim, não impede que o número total continue aquém dos objectivos de extensão da rede a todo o país e Longe do objectivo de dotar os centros de saúde de equipas domiciliárias. Entretanto, especialistas na área reúnem-se hoje no Hospital da Luz, em Lisboa, para debater o estado do sector e reflectir sobre os aspectos éticos ligados ao acompanhamento do doente em final de vida, nomeadamente, sobre a eutanásia, a sedação paliativa e a chamada futilidade terapêutica. O JN refere ainda que, só no sistema público, estão actualmente em funcionamento 13 equipas intra-hospitalares de suporte em cuidados paliativos e 12 equipas de cuidados continuados integrados (com competência em paliativos) espalhadas pelo país, sendo as regiões do Alentejo, Lisboa e Porto aquelas com maior cobertura."
Como é possivel isto acontecer num país que se diz actualizado e europeu. Estamos na cauda da Europa em relação a este tipo de cuidados. Apesar de o nosso sistema de saúde ser um dos mais bem posicionados, ainda existem aspectos em que não se podem falhar, nem facilitar deste modo. Apenas um aumento de 82 camas num período de 1 ano. INSIGNIFICANTE NÚMERO.
A população está à espera de mais, as listas de espera não diminuem, pelo contrário, aumentam a cada ano que passa e todos querem uma solução, a curto/médio prazo, tem de haver condições para receberem a grande quantidade de doentes que aguardam ansiosamente a resolução dos seus problemas. Trata-se de um ciclo, isto é, não é só o doente que é afectado e prejudicado, aliás, todos os acompanhantes do doente são afectados, pois a interligação entre eles é inevitável. Um ciclo social, uma família em desespero, várias vidas alteradas e acima de tudo o DOENTE, que merece melhores cuidados.
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