"Fomenta agora, o já há mt sonhado pelos técnicos de ambulância de emergência (TAE), carreira com actos de enfermagem e médicos.É óbvio que os Enfermeiros não obstam a tal facto, todos devem lutar por uma carreira digna, motivadora de sucesso e orgulho para qq profissional.
O problema reside nas funções que os TAE pretendem almejar. Ser detentor dos procedimentos consagrados no Regulamento do Exercício Profissional de Enfermagem, documento aprovado pela Assembleia da República, compete unicamente aos portadores do título de enfermeiro. Ora, os Srs TAE não tem título de enfermagem, logo, não podem nem devem desempenhar funções que estão consagradas a outras profissões.Exemplo,Os Enfermeiros que estão a instrumentar cirurgias, também as podem fazer, mas sabem perfeitamente ocupar o seu lugar, logo, não entram em conflito com cirurgiões.
Os Enfermeiros que estão na eq de anestesiologia tb sabem anestesiar (EOT, sedação, curarização, etc) mas não o fazem, nem reenvindicam uma carreira atropelando outros não-enfermeiros.Assim, os enfermeiros das SIV e VMER, inicialmente tb se vão apoiar nos TAE mais credenciados, aprendendo, isso tb acontece com os não-enfermeiros que estão no ínicio do internato, mas depois ganham asas e voam no campo do conhecimento e autonomia. Isto é assim, para qq profissão.
A sabedoria é partilhada por mts num mesmo espaço, mas cada um tem a sua função.Os TAE também podem ter a sua carreira, mas não têm de a conquistar invadindo o campo de outros.Relatam que um paramédico convidado a um congresso fala que os enfermeiros querem ser paramédicos, será mesmo assim??? Se era paramédico não ia defender os enfermeiros, certo? e se o convidaram os TAE, não iria entrar em conflito com quem deu o dinheiro para palestrar.Se aumentam as competências, quer as VMER, mas ainda com mais relevo as SIV não têm nexo estar a expandir e a proliferar no país. Isto revela, que o INEM está a ser gerido da frente para trás.
Os Enfermeiros do pré-hospitalar são e serão sempre uma mais valia, quer queiram, quer não. As práticas que os TAE estão reenvindicar são o dia-a-dia dos Enfermeiros, daí não ter nexo formar outros qd já existe quem o faça há mts e mts anos.A enfermagem tem funções específicas e nunca vai abdicar delas.
O número de horas de formação que querem leccionar aos TAE, nada dizem do que será a prática.A OE vai intervir certamente, esperamos que de forma assertiva e não passiva como há bem pouco tempo.
No blogue doutorenfermeiro, comentadores insurgem-se que não existem enfermeiros que consigam cobrir todo o território, isto é mt certo. Mas cada um de nós não tem uma ambulância à porta para socorrer qd necessitamos, em nenhum local do mundo isso existe. As SIV vieram cobrir mts defeitos do sistema. E não esqueçamos, qd alguém tem de morrer TAE, Enfermeiro e /ou Médico algum por mais perto ou longe que esteja, poderá evitar.Desaprovo portanto a medida anunciada pelo Sr Sec Estado e concordância pela Presidência do INEM.Recuso supervisão ou orientação de TAE no meu departamento. "
Não quero criticar os Bombeiros, o INEM, ou qualquer que seja, apenas quero consciência e uma sra. plena consciência, porque há ideias que nem sempre vêm por bem. E, aliás, eu também sou BOMBEIRO, desde 2002 e não quero criar lutas mesquinhas, quero apenas dar a César o que é de César, com isto quero dizer que o que importa aqui é a qualidade dos cuidados, o que importa são os doentes/vítimas. Isso é pelo qual nós deveríamos lutar.
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