A noticia não me deixou contente, mas é a realidade, acho que os poucos que relamente temos são mesmo bons e vão continuar com o esforço dedicado e árduo trabalho, isto sem receber nada em troca... São estes os verdadeiros soldados de Portugal...
Presidente da associação avisa que, apesar de existirem 43 mil profissionais no levantamento feito nas corporações, grande parte raramente se apresenta ao serviço. A situação só muda em 2010 com o recenseamento.
As 400 corporações de bombeiros contabilizam oficialmente cerca de 43 mil voluntários, mas a associação do sector estima que "na prática" esse número fique pela metade. Isto devido à contabilidade 'fantasma' de efectivos, para efeitos de atribuição de subsídios. Os dados foram revelado ao DN pelo presidente da Associação Portuguesa de Bombeiros Voluntários (APBV) Paulo Jesus, que garante, porém, que "os voluntários disponíveis estão a responder à chamada" para combater a actual onda de incêndios.
"No levantamento que fizemos há mais de 43 mil voluntários. O problema é que no plano prático estaremos a falar de metade de efectivos. Há corpos de Bombeiros que no activo têm mais de 100 inscrições, mas na prática só contam com 20 ou 30 elementos", referiu Paulo Jesus. A explicação, diz, é simples: "Há uma falta de rigor e se pudessem, todos os corpos de bombeiros queriam ser da tipologia 1 [mais de 120 bombeiros], porque têm mais apoios públicos". Ou seja, estes profissionais estão no quadro de activos da corporação, contam para efeitos estatísticos, mas raramente se apresentam ao serviço. Até porque por serem voluntários - que representam 85% dos bombeiros do País - nem têm essa obrigação. Quanto aos sapadores, são cerca de 12 mil.
Esta situação, explicou Paulo Jesus, deverá mudar a partir de 2010, depois do recenseamento junto das corporações. É que os voluntários que não façam mais de 270 horas de serviço por ano aos deixa de constar da lista de efectivos. "Quem não cumprir deixa de estar no corpo activo e passa para a reserva, o que é vantajoso porque há uma real percepção dos elementos que há no terreno", afirma, avisa: "Não se admirem por termos apenas quatro mil bombeiros no combate às chamas em pleno verão".
O Parque Nacional da Peneda-Gerês, foi o mais fustigado pela recente onda de incêndios que varreu aquela área protegida o que obrigou ao constante toque da sirene para chamar os 80 voluntários da corporação local. Destes, pouco mais de trinta compareceram ao chamamento e são sobretudo os que trabalham na autarquia. "Os da Câmara, que são a maior parte, aparecem logo após a chamada. Os restantes é muito difícil porque trabalham para privados e depois, nesta altura, nem estão a contar com tantos incêndios ou chamadas", confessa o comandante dos voluntários de Melgaço. José Pereira reconhece que, nesta altura do ano, "falta preparação e prontidão", aos bombeiros.
"Em Janeiro o nosso problema eram as estradas cortadas pela neve. Poucas semanas depois o trabalho não pára, mas com as chamas. Parece um cenário surreal", admite o comandante. Tal como a restante corporação, José Pereira aproveita para descansar do combate às "dezenas" de incêndios que nos últimos dias fustigaram o concelho.
Em altura de crise, a ABPV admite efeitos inesperados. "Os voluntários são trabalhadores normais e por isso também são afectados pela crise. Muitos estão a ficar desempregados e começam a passar mais tempo no quartel, disponíveis para o serviço", explicou Paulo Jesus.
Um fenómeno também reconhecido pelo presidente da Liga de Bombeiros. "Estamos atentos ao que se está a passar. Corremos o risco de entrar numa situação de profissionalismo precário, o que perverte todo o sistema", aponta Duarte Caldeira.
A Liga, garante, está a "estudar este novo fenómeno", propiciado pela crise, e promete chegar a uma solução. Já sobre a dificuldade no recrutamento de voluntários para combate a incêndios numa altura do ano atípica, Duarte Caldeira reconhece dificuldades: "Muitos dos nossos voluntários gozam aqueles trinta dias de férias no Verão e, desses, quinze dias são para servir nos bombeiros. Esta onda vem fora de tempo, como óbvio".
As 400 corporações de bombeiros contabilizam oficialmente cerca de 43 mil voluntários, mas a associação do sector estima que "na prática" esse número fique pela metade. Isto devido à contabilidade 'fantasma' de efectivos, para efeitos de atribuição de subsídios. Os dados foram revelado ao DN pelo presidente da Associação Portuguesa de Bombeiros Voluntários (APBV) Paulo Jesus, que garante, porém, que "os voluntários disponíveis estão a responder à chamada" para combater a actual onda de incêndios.
"No levantamento que fizemos há mais de 43 mil voluntários. O problema é que no plano prático estaremos a falar de metade de efectivos. Há corpos de Bombeiros que no activo têm mais de 100 inscrições, mas na prática só contam com 20 ou 30 elementos", referiu Paulo Jesus. A explicação, diz, é simples: "Há uma falta de rigor e se pudessem, todos os corpos de bombeiros queriam ser da tipologia 1 [mais de 120 bombeiros], porque têm mais apoios públicos". Ou seja, estes profissionais estão no quadro de activos da corporação, contam para efeitos estatísticos, mas raramente se apresentam ao serviço. Até porque por serem voluntários - que representam 85% dos bombeiros do País - nem têm essa obrigação. Quanto aos sapadores, são cerca de 12 mil.
Esta situação, explicou Paulo Jesus, deverá mudar a partir de 2010, depois do recenseamento junto das corporações. É que os voluntários que não façam mais de 270 horas de serviço por ano aos deixa de constar da lista de efectivos. "Quem não cumprir deixa de estar no corpo activo e passa para a reserva, o que é vantajoso porque há uma real percepção dos elementos que há no terreno", afirma, avisa: "Não se admirem por termos apenas quatro mil bombeiros no combate às chamas em pleno verão".
O Parque Nacional da Peneda-Gerês, foi o mais fustigado pela recente onda de incêndios que varreu aquela área protegida o que obrigou ao constante toque da sirene para chamar os 80 voluntários da corporação local. Destes, pouco mais de trinta compareceram ao chamamento e são sobretudo os que trabalham na autarquia. "Os da Câmara, que são a maior parte, aparecem logo após a chamada. Os restantes é muito difícil porque trabalham para privados e depois, nesta altura, nem estão a contar com tantos incêndios ou chamadas", confessa o comandante dos voluntários de Melgaço. José Pereira reconhece que, nesta altura do ano, "falta preparação e prontidão", aos bombeiros.
"Em Janeiro o nosso problema eram as estradas cortadas pela neve. Poucas semanas depois o trabalho não pára, mas com as chamas. Parece um cenário surreal", admite o comandante. Tal como a restante corporação, José Pereira aproveita para descansar do combate às "dezenas" de incêndios que nos últimos dias fustigaram o concelho.
Em altura de crise, a ABPV admite efeitos inesperados. "Os voluntários são trabalhadores normais e por isso também são afectados pela crise. Muitos estão a ficar desempregados e começam a passar mais tempo no quartel, disponíveis para o serviço", explicou Paulo Jesus.
Um fenómeno também reconhecido pelo presidente da Liga de Bombeiros. "Estamos atentos ao que se está a passar. Corremos o risco de entrar numa situação de profissionalismo precário, o que perverte todo o sistema", aponta Duarte Caldeira.
A Liga, garante, está a "estudar este novo fenómeno", propiciado pela crise, e promete chegar a uma solução. Já sobre a dificuldade no recrutamento de voluntários para combate a incêndios numa altura do ano atípica, Duarte Caldeira reconhece dificuldades: "Muitos dos nossos voluntários gozam aqueles trinta dias de férias no Verão e, desses, quinze dias são para servir nos bombeiros. Esta onda vem fora de tempo, como óbvio".
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