sexta-feira, 26 de outubro de 2007


Os médicos devem atrasar o corte do cordão umbilical no momento do nascimento para assim reduzir a anemia nos bebés, segundo um conhecido obstetra britânico.
As investigações de Andrew Weeks, da Universidade de Liverpool, hoje publicadas no Jornal Médico Britânico, sugerem que conservar intacto o cordão umbilical durante três minutos, permite acrescer sensivelmente o nível de ferro no organismo do bebé, reduzindo assim os riscos de anemia.
Segundo este estudo, cerca de metade das maternidades britânicas corta o cordão umbilical imediatamente a seguir ao nascimento, acção que, se for retardada alguns minutos, permite que os pulmões do recém-nascido recebam um sangue rico em oxigénio até ao momento em que a sua respiração está totalmente normalizada, acrescendo assim as suas taxas de ferro.
No entanto, o médico refere que retardar o momento do corte em casos de nascimentos prematuros ou de cesariana é mais complicado mas que seria também proveitoso para os bebés.
«Há actualmente elementos sólidos que permitem concluir que o corte imediato do cordão umbilical não é benéfico nem para a mãe nem para o bebé, podendo mesmo ser prejudicial», escreve Weeks no seu artigo.
«A Organização Mundial de Saúde e a Federação Internacional de Ginecologia e Obstetrícia retiraram as recomendações de corte imediato do cordão umbilical. É já tempo que outros sigam este caminho e encontrem meios práticos para incorporar nos partos o corte retardado do cordão umbilical», recomenda o médico.
Sem dúvida que a HUMANIDADE evolui, pormenores que se tornam importantes...

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