quinta-feira, 26 de março de 2009

Noticias sobre os Bombeiros...orgulho

A noticia não me deixou contente, mas é a realidade, acho que os poucos que relamente temos são mesmo bons e vão continuar com o esforço dedicado e árduo trabalho, isto sem receber nada em troca... São estes os verdadeiros soldados de Portugal...
Presidente da associação avisa que, apesar de existirem 43 mil profissionais no levantamento feito nas corporações, grande parte raramente se apresenta ao serviço. A situação só muda em 2010 com o recenseamento.
As 400 corporações de bombeiros contabilizam oficialmente cerca de 43 mil voluntários, mas a associação do sector estima que "na prática" esse número fique pela metade. Isto devido à contabilidade 'fantasma' de efectivos, para efeitos de atribuição de subsídios. Os dados foram revelado ao DN pelo presidente da Associação Portuguesa de Bombeiros Voluntários (APBV) Paulo Jesus, que garante, porém, que "os voluntários disponíveis estão a responder à chamada" para combater a actual onda de incêndios.
"No levantamento que fizemos há mais de 43 mil voluntários. O problema é que no plano prático estaremos a falar de metade de efectivos. Há corpos de Bombeiros que no activo têm mais de 100 inscrições, mas na prática só contam com 20 ou 30 elementos", referiu Paulo Jesus. A explicação, diz, é simples: "Há uma falta de rigor e se pudessem, todos os corpos de bombeiros queriam ser da tipologia 1 [mais de 120 bombeiros], porque têm mais apoios públicos". Ou seja, estes profissionais estão no quadro de activos da corporação, contam para efeitos estatísticos, mas raramente se apresentam ao serviço. Até porque por serem voluntários - que representam 85% dos bombeiros do País - nem têm essa obrigação. Quanto aos sapadores, são cerca de 12 mil.
Esta situação, explicou Paulo Jesus, deverá mudar a partir de 2010, depois do recenseamento junto das corporações. É que os voluntários que não façam mais de 270 horas de serviço por ano aos deixa de constar da lista de efectivos. "Quem não cumprir deixa de estar no corpo activo e passa para a reserva, o que é vantajoso porque há uma real percepção dos elementos que há no terreno", afirma, avisa: "Não se admirem por termos apenas quatro mil bombeiros no combate às chamas em pleno verão".
O Parque Nacional da Peneda-Gerês, foi o mais fustigado pela recente onda de incêndios que varreu aquela área protegida o que obrigou ao constante toque da sirene para chamar os 80 voluntários da corporação local. Destes, pouco mais de trinta compareceram ao chamamento e são sobretudo os que trabalham na autarquia. "Os da Câmara, que são a maior parte, aparecem logo após a chamada. Os restantes é muito difícil porque trabalham para privados e depois, nesta altura, nem estão a contar com tantos incêndios ou chamadas", confessa o comandante dos voluntários de Melgaço. José Pereira reconhece que, nesta altura do ano, "falta preparação e prontidão", aos bombeiros.
"Em Janeiro o nosso problema eram as estradas cortadas pela neve. Poucas semanas depois o trabalho não pára, mas com as chamas. Parece um cenário surreal", admite o comandante. Tal como a restante corporação, José Pereira aproveita para descansar do combate às "dezenas" de incêndios que nos últimos dias fustigaram o concelho.
Em altura de crise, a ABPV admite efeitos inesperados. "Os voluntários são trabalhadores normais e por isso também são afectados pela crise. Muitos estão a ficar desempregados e começam a passar mais tempo no quartel, disponíveis para o serviço", explicou Paulo Jesus.
Um fenómeno também reconhecido pelo presidente da Liga de Bombeiros. "Estamos atentos ao que se está a passar. Corremos o risco de entrar numa situação de profissionalismo precário, o que perverte todo o sistema", aponta Duarte Caldeira.
A Liga, garante, está a "estudar este novo fenómeno", propiciado pela crise, e promete chegar a uma solução. Já sobre a dificuldade no recrutamento de voluntários para combate a incêndios numa altura do ano atípica, Duarte Caldeira reconhece dificuldades: "Muitos dos nossos voluntários gozam aqueles trinta dias de férias no Verão e, desses, quinze dias são para servir nos bombeiros. Esta onda vem fora de tempo, como óbvio".

segunda-feira, 9 de março de 2009

Manifestação (13 Março)

Apelamos a que publiquem este Post nos vossos blogs, transmitam-no via email e copiem a carta que vos deixamos (ver em baixo) para os seguintes sites, Fax ou email…Carta para o Presidente da Republica (link- cliquem aqui) ) Carta ao Governo (link - cliquem aqui)
Ministra: Ana Jorge Morada : Av. João Crisóstomo, 9, 6º -1049-062 LisboaTel.: 213 305 000 Fax: 213 305 175Correio electrónico: gms@ms.gov.pt
Deste modo, voltamos a mostrar toda a nossa indignação. Várias foram as promessas sucessivas de que Enfermagem veria ser reposto o seu valor a carreira de Licenciados. Já estamos fartos de esperar, por isso deixamos este documento que caso assim entenderem só têm que assinar e enviar por mail ou fax para o Ministério da Saúde.“Sra. Ministra da SaúdeEU, INDIVIDUALMENTE, TAMBÉM CONTESTO! No passado dia 20 de Fevereiro, durante a Greve Nacional de Enfermeiros, a Sra. Ministra da Saúde anunciou e, finalmente, concretizou o envio, aos Sindicatos, da proposta reformulada, cujo compromisso tinha assumido no dia 29 de Dezembro de 2008. Na proposta constato, e no que diz respeito a estes 4 princípios: 1. UMA CARREIRA PARA TODOS OS ENFERMEIROS – face a esta reivindicação, justa, o Ministério assume que a mesma apenas está dependente de uma decisão politica, razão pela qual propõe que os actuais enfermeiros, a contrato individual de trabalho por tempo indeterminado possam optar pelo que vier a ficar regulamentado neste decreto-lei. Contudo, isso não é suficiente! Nós, enfermeiros, não aceitaremos a manutenção de qualquer tipo de discriminação e, na realidade, o que a Sra. Ministra está a propor é o seu aprofundamento, porque, no âmbito da sua opção, estão vedadas todas as restantes regras aplicáveis aos colegas com contrato de trabalho em funções públicas e, inadmissivelmente, nada disto é possível para os futuros enfermeiros.2. UMA CARREIRA COM UMA ÚNICA CATEGORIA – a Sra. Ministra ao manter uma proposta com duas categorias, insuficientemente justificada com supostos conteúdos funcionais diferentes, contrários ao que hoje está legalmente consagrado no REPE, no Decreto de Lei que transforma a formação dos enfermeiros em Licenciatura e no Código Deontológico revela apenas ter um objectivo: IMPEDIR O DESENVOLVIMENTO DOS ENFERMEIROS NO LEQUE SALARIAL QUE O ACTUAL GOVERNO CONSIDEROU SER O MAIS JUSTO PARA REMUNERAR OS LICENCIADOS. 3. DESCATEGORIZAÇÃO DOS ACTUAIS ENFERMEIROS DA ÁREA DA GESTÃO – se a anterior proposta já era por nós considerada uma vergonha e um “atentado” à profissão, para esta só encontramos adjectivos num léxico pouco propício. Aos enfermeiros que estão, hoje, nas categorias de gestão da actual carreira de enfermagem, independentemente do que se tenha de reflectir sobre as práticas profissionais, foi exigido sempre concursos de acesso às categorias superiores; no acesso à categoria de enfermeiro graduado até 1988 para além do concurso era exigido um exame escrito de estudo obrigatório de 12 temas dos quais era escolhido 1 pelo júri. Para acesso à categoria de Enfermeiro Especialista era exigido, até 1991, nota positiva no exame de acesso à especialidade (a partir desta data passou a ser exigido a avaliação curricular), frequência da especialidade e posterior concurso de acesso à categoria, primeiro com exame escrito e depois com apreciação curricular. Para acesso à categoria de Enfermeiro Chefe e Supervisor era necessário a frequência dos cursos de Administração, concurso, apreciação e discussão curricular e, em muitos casos, avaliação do perfil psicológico. É DE TODO ESTE PERCURSO, INTRINSECAMENTE LIGADO AO DESENVOLVIMENTO DA PROFISSÃO que não é de todo admissível esta proposta da Sra. Ministra.4. GRELHA SALARIAL – é inadmissível que a Sra. Ministra esteja a propor aos enfermeiros uma remuneração de ingresso na actividade abaixo daquela que o Governo, por lei, consagrou para os restantes Licenciados da Administração Pública. É intolerável que a Sra. Ministra apresente uma proposta que coloque o topo da carreira dos enfermeiros abaixo do topo da actual carreira de técnico superior. É insustentável que a Sra. Ministra queira perpetuar a discriminação do reconhecimento do valor social do trabalho dos enfermeiros e, mais grave, que inadmissivelmente diminua, na proposta que se pretende para e com futuro, as expectativas de desenvolvimento salarial quando a comparamos com a actual Carreira de Enfermagem.Porque o que está em causa é a Profissão de Enfermagem e o seu Desenvolvimento;Porque o que está em causa é o reconhecimento do grau académico e do valor social da profissão;Porque não posso continuar a aceitar qualquer tipo de discriminação para e entre os enfermeiros, quer já estejam no exercício ou para os futuros,CONTESTO E REPUDIO VEEMENTEMENTE A PROPOSTA QUE NOS ENVIOU! …………………(assinatura)………………….…………… ”

terça-feira, 3 de março de 2009

O sindicalismo

Na nossa profissão, como em grande parte das outras, existe o Sindicato, dos Enfermeiros Portugueses. A sua actuação é de bastante relevância, muito importante na nossa honra e atitude enquanto profissão, uma profissão, com certo estatuto, com muita carga horária, com salários que deveriam ser melhores e com uma prospecção na carreira que simplesmente não existe.
Somos cerca de 56 000 enfermeiros em Portugal e só isso chega para actuarmos como um todo para atingir aquilo que realmente queremos. O Sindicato conta já com cerca de 20 000 sócios, o que os deve deixar extremamente contente, comparando com o numero de enfermeiros existentes, no entanto, a mim, enquanto finalista do curso, deixa-me muito triste a inércia, a incapacidade dos enfermeiros, profissionais que tanto gostam daquilo que fazem, nao serem nem terem uma veia reinvindicativa, capaz de mover tudo e todos, pois nao somos 20 nem 30 queixosos, somos "mais que muitos".
A dignidade, a postura, as regalias, os beneficios, enfim, temos todo o direito de gozar disso tudo, somos mal pagos, o nosso trabalho, as nossas competencias nao podem ser confundidas, nunca mais.
Pena que, enfim, muitos profissionais aceitem propostas indecentes, compreende-se, mas só se estão a "esborrachar na parede", o erro é tão grande que me revolta.

Lutem pelos vossos direitos, não fiquem à espera dos outros para lutar, eles não fazem tudo sozinhos. Nós somos muitos, nós enchiamos o Estádio da Luz caramba!

"Tudo que seja manifestação de rua, eles não gostam!" (frase que ouvi e que me deixou motivado) Vamos a eles, vamos ao Ministério rugir como loucos.