domingo, 28 de junho de 2009

O fim...

Chegará ao fim esta longa caminhada, dura mas orgulhosa, caminhada esta que nos leva agora para um mundo incerto, um "mundo enfermo" e sobretudo um mundo onde sobrevivem os mais fortes. Acabará em breve o curso, mas com este final o medo e a ansiedade aumenta, bem como a incerteza e a incapacidade de motivação.
A profissão é demasiadamente orgulhosa, mas deixa-me apreensivo e preocupado, pois convivi diariamente com profissionais de saúde de meia idade e eles próprios admitem estarem cansados desta "vida", cansados de não puderem estao ao fim de semana com a familia, mas também cansados da sua função. E eu coloco-me a pensar e vejo que ainda tenho uns longos 30 e muitos anos para trabalhar e exercer a profissão e não me consigo rever pois o negativismo é tanto que me desanima. Adoro enfermagem e adoro ajudar o próximo, mas não podemos nunca tentar fazer mais para além das nossas capacidades funcionais. O nosso trabalho demora em ser reconhecido, demora a ser bem pago e demora a ter os seus direitos mais importantes e somando isso tudo e calculando o peso do beneficio/maleficio não consigo obter uma resposta positiva.

Falta ainda muita coisa na Enfermagem...


Falta reconhecimento
Falta em número
Falta união
Falta sinceridade
Falta honestidade
Falta comunicação
Falta uma série de coisas essenciais para a condição/relação humana.

segunda-feira, 8 de junho de 2009

Sumarissimos da semana...


Ainda falando da Senhora Manuela Moura Guedes, "(...)por amor de Deus, deixem-me em paz.", acreditam que foi esta senhora que disse isto? Que começe a declarar os seus vencimentos. Já em relação ao jornalismo, não vale a pena tecer qualquer comentário.


É, deveras, um atentado à pobreza mundial, uma pobreza económica, emocional e social, que assistimos a pormenores que me levam perto da loucura e me obrigam a cerrar os dentes, aumentando a minha tensão arterial, bem como o meu stress emocional. Falo da nossa sociedade "suja e desgastada", que paga 4300 euros por segundo a uma senhora chamada Catherine Zeta-Jones num anúncio de sete minutos, o que perfaz a quantia não menos "merecida" de 1,8 milhões de euros. Bem, beleza não lhe falta e de certeza que se fosse italiana já estaria no parlamento com um cargo onde poderia auferir mais alguns euros para ver se conseguiria sobreviver neste mundo tão exigente. Uma vénia ao Sr. Berlusconi.

Estes exemplos de "carnificina social" fazem-me lembrar os jantares dos comícios e propragandas politicas, onde não faltam convidados, que apesar de saberem qual a cor do partido não saberão (sem sombra de dúvidas) o nome do seu líder. Portugal dos pequeninos está outra vez na grande montra europeia.
Enfim, a sociedade nunca foi igual.
João Pedro Cruz