quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Uma boa noticia, no meio do imenso nevoeiro de ideias...



As metas traçadas para o alargamento da Rede de Cuidados Continuados Integrados vão ser cumpridas, avança a Rádio Renascença, que garante que, até ao final do ano, haverá perto de oito mil lugares na rede. Depois do primeiro-ministro ter traçado, no início do ano, o objectivo de criar oito mil camas até ao fim de 2009 (o que, de início, foi entendido como lugares na rede), o número de camas é, assim, hoje, cerca de metade. Embora o número total de lugares na rede deva ficar muito próximo dos oito mil, refere a responsável pela Unidade de Missão dos Cuidados Continuados, Inês Guerreiro. Outro objectivo fixado pela ministra da Saúde era cada agrupamento de centros de saúde ter, até ao fim do ano, pelo menos, uma equipa a prestar cuidados continuados no domicílio, algo que, recoenhece Inês Guerreiro, ainda não existe em alguns agrupamentos. No entanto, em outros, há mais do que uma, pelo que a coordenadora acredita que também esta meta pode ser alcançada. A RR acrescenta que os novos objectivos traçados pela ministra Ana Jorge apontam para equipas domiciliárias em todos os centros de saúde até 2013 e mais dez mil camas, a somar às quase quatro mil que estão disponíveis neste final de ano.
A Rede de Cuidados Continuados comemora hoje o seu terceiro aniversário, com uma conferência em Lisboa.




"Mesmo assim, ainda há muito a fazer quando falamos no tipo de cuidados discutidos, ainda existe como é obvio, uma grande margem de manobra, há ainda muitas limitações, a todos os níveis. O número para o ano seguinte não pode apenas duplicar, terá que triplicar, mas ainda mais importante do que isso será a qualidade, a qualidade dos cuidados terá de ser previamente assegurada, não podemos sequer pensar na ausencia desta."

Revista Sábado

Sempre fui grande admirador desta revista semanal, aliás, eram raras as vezes que me babava olhando para elas nos quiosques e com uma vontade extrema de as ler. Após ter lido um artigo onde ocorre "uma certa subalternização da classe dos enfermeiros" fiquei bastante desiludido, não pelo artigo, mas pelo facto de esta não ser a primeira vez que os jornalistas da revista actuam desta forma. Sou obrigado a revoltar-me contra o sistema, obrigado a concordar com opiniões variadas, aqui fica uma correcta e lógica - "Como queremos demonstrar que a Saúde é um trabalho de equipa, se a equipa trabalha de uma forma unidireccional (o conceito de equipa multidisciplinar é muitas vezes entendido como " todos ajudam o médico a exercer o seu trabalho" pois Saúde, infelizmente, ainda é sinónimo de Medicina)"...

A revista continua a fazer um grande trabalho de reportagem, mas fiquei como é obvio desiludido..